Descubra o método de três passos de disciplina gentil para orientar o comportamento dos seus filhos sem abalar a confiança. Este guia mostra como impor limites de forma eficaz, transformando erros em aprendizados valiosos.
Todo pai e mãe anseia que os filhos cresçam confiantes e com autoamor. Por este motivo, muitas vezes evitam intervir em comportamentos desafiadores, temendo ferir a autoestima infantil. A crença é que, ao apontar um erro, automaticamente eles abalam a base emocional que tanto esforço exige para construir.
Contudo, existe um caminho eficaz e gentil para impor limites e, simultaneamente, nutrir a autoconfiança. Este é o objetivo central da disciplina gentil, segundo matéria publicada pela Parents.
Assim, o segredo da disciplina não reside em ignorar o erro, mas sim em como o adulto conduz a conversa sobre ele. Devemos capacitar as crianças a assumirem responsabilidades e a encontrarem soluções para os próprios problemas.
Por que a criança reage mal à crítica durante a disciplina?
Quando adultos cometem um erro, conseguem rapidamente racionalizar: “Fiz algo errado, mas isso não me torna uma pessoa má.” As crianças, no entanto, pensam em termos absolutos.
Ao serem confrontadas com um deslize, a reação imediata é sentir-se mal consigo mesmas, o que é contrário à disciplina gentil.
Mesmo seguindo o conselho popular de criticar apenas o comportamento e não a criança, muitos filhos sensíveis não conseguem dissociar a crítica — é um instinto. Felizmente, faz parte do desenvolvimento moral saudável sentir culpa após um erro.
Uma culpa benéfica serve como um parâmetro interno, sinalizando: “Eu errei”, o que motiva a criança a reparar o dano, um passo essencial para a disciplina gentil.
A chave da disciplina gentil: os 3 passos da “crítica suave”
Para cultivar essa habilidade de reparação interna, a psicóloga clínica Dra. Eileen Kennedy-Moore propõe uma estratégia de três etapas que ela chama de “Crítica Suave”, conforme a Parents.
Esta abordagem funciona como uma ponte entre o erro e a solução, protegendo a autoimagem e reforçando a disciplina gentil.
Passo 1: ofereça um amparo para a intenção. Comece mostrando que você entende o lado do seu filho. Diga: “Eu sei que você não fez por mal” ou “Você estava tentando se defender.”
Isso reafirma que ele é uma boa pessoa e que suas intenções iniciais são valorizadas, mesmo que a execução tenha sido equivocada.
Passo 2: descreva o erro e seu impacto. De forma objetiva, diga o que aconteceu e como isso afetou os outros. Por exemplo: “Quando você pegou o brinquedo sem perguntar, seu irmão ficou triste.”
Evite frases generalistas, pois o foco deve permanecer no fato isolado, e não em convencê-los de que são maus.
Passo 3: avance e repare o dano. As crianças não podem voltar no tempo, e o objetivo não é deixá-las presas no sentimento de fracasso. Pergunte: “O que você pode fazer agora para ajudar seu irmão a se sentir melhor?”
Oriente-os a desenvolver um plano para consertar as coisas. Quando a reparação for feita, expresse gratidão de forma sincera.
Construindo competência, acima do elogio vazio
Muitos pais se preocupam quando os filhos expressam baixa autoestima. A reação instintiva é dizer o quanto são especiais.
No entanto, mesmo utilizando a disciplina gentil, pesquisas mostram que o elogio exagerado pode ser contraproducente.
O foco não deve estar em convencer os filhos de que são incríveis, mas sim em ajudá-los a desenvolver competências genuínas e relacionamentos fortes.
Estudos demonstram que crianças que desenvolvem habilidades concretas, em matemática, leitura ou esportes, saem com muito mais confiança do que aquelas que apenas recebem elogios.
A verdadeira autoconfiança não é amar a si mesmo incondicionalmente, mas sim libertar-se da pergunta constante: “Eu sou bom o suficiente?”. Nesse sentido, é importante ajudar os filhos a se conectarem com algo maior do que a atenção excessiva em si mesmos. Este é um pilar essencial da disciplina gentil.
O poder do “tornar-se”: motivação ativa
Para incentivar mudanças positivas, os pais precisam, antes de tudo, ter expectativas realistas. Se um filho consistentemente tem dificuldade com uma tarefa, mude a abordagem, não apenas a expectativa.
É fundamental reconhecer o esforço, esquecer comportamentos passados e usar a linguagem do “tornar-se”. Em vez de focar no que foi feito de errado, destaque a evolução de hoje.
Por exemplo: “Vocês negociaram a divisão dos brinquedos de forma excelente. Vocês estão se tornando melhores em resolver as coisas juntos.”
A linguagem do “tornar-se” injeta esperança. Ela comunica que não importa o que a criança fez no passado e evidências o potencial para um futuro melhor. Este é um presente valioso para a autoconfiança, consolidando os valores da disciplina gentil.
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