Publicado em 10/04/2018, às 16h09 por Redação Pais&Filhos
Antes de qualquer coisa, é importante que você saiba o seu papel não só como mãe ou pai, mas como pessoa. Regina Politti, psicóloga e psicoterapeuta de família e casais e mãe de Ricardo, Guilherme, Fernanda e Simone, reforça que você não pode transmitir um valor para o seu filho que você não tem.
“Como posso ajudar meu filho a se desenvolver se eu mesma não desenvolvi minha maturidade pessoal o suficiente para ser responsável pelo desenvolvimento de outro ser humano?”
Ninguém nasce sabendo, não! Ser pai é uma tarefa nada fácil que exige um empenho diário. Por isso, para Regina, o primeiro foco para o desenvolvimento dos filhos é cuidar do desenvolvimento dos pais. E uma coisa que ela frisou que é superimportante é: não importa se você é casado ainda ou não. O papel paterno e materno continua o mesmo. Uma vez que isso é claro na sua casa, é preciso focar nos valores que seu filho precisa aprender para se tornar uma pessoa boa.
Respeito com você mesmo e com os outros
Seu filho precisa aprender, desde cedo, que tudo tem limite. Tanto ele quanto os outros. Respeitar e aceitar a si mesmo é fundamental porque é daí que surge a autoestima. “Eu reconhecer o meu valor como pessoa, minhas possibilidades, potencialidades, virtudes e também meus limites, dificuldades e impossibilidades.” Se você respeita seu filho, ele vai aprender a te respeitar também.
Deveres e direitos
Também precisamos ensinar que temos muitas obrigações com a gente mesmo e com os outros. Os direitos são conquistas por merecimento e não apenas por nascimento e, para Regina, os pais atuais têm especial dificuldade em exigir isto dos filhos. Dão todos os direitos, mas não exigem os deveres.
Coerência entre sentir, pensar e agir
Temos que propiciar uma educação onde os filhos possam ser coerentes com ele e com os outros. Temos que deixar que eles tenham autoconhecimento e desenvolvam as potencialidades inatas e adquiridas. “Este é um trabalho dos pais que requer paciência e habilidade para lidar com conflitos e tensões. É um longo caminho de busca de autonomia e consistência pessoal.”
Ser você mesmo e pertencer ao grupo
Nossos filhos têm que aprender a se colocar no mundo como eles mesmos, sem ferir aos outros é claro, para poder pertencer ao grupo familiar e social, podendo ser diferente dos outros. “Cada pessoa tem sua singularidade e deve buscá-la e, ao mesmo tempo, precisa aprender que existem regras em todos os grupos e para participar deles deve respeitá-las.” .
Liberdade e responsabilidade
É difícil, mas é bem necessário ensinar aos filhos, se não a liberdade vira um caos. “A liberdade sem limites destrói a pessoa e as relações, pois não somos seres avulsos, isolados que fazemos o que queremos o tempo todo. Temos que lidar com outras pessoas, limites, barreiras, obstáculos e frustrações.
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