Tem coisa mais mágica do que ver uma criança completamente imersa em uma brincadeira inventada ali, na hora, com um galho de árvore e muita imaginação? É esse tipo de encanto que a Semana Mundial do Brincar 2025, promovida pela Aliança pela Infância, quer proteger. E o convite está feito: de 24 de maio a 1º de junho, famílias, escolas, organizações e coletivos do Brasil inteiro podem se unir para valorizar o brincar livre e resgatar a beleza do olhar infantil.
A proposta deste ano é inspirada na carta de princípios da Aliança pela Infância, que reforça: “as crianças têm direito de sonhar e crescer em seu próprio tempo”. E é justamente esse tempo que precisamos respeitar. “Queremos reencantar o olhar do adulto para a criança”, afirma Leticia Zero, coordenadora da Secretaria Executiva da Aliança pela Infância.
Um chamado coletivo para valorizar o tempo da criança
O tema da edição 2025, “Proteger o encantamento das infâncias”, propõe um olhar mais atento e respeitoso ao universo infantil. Afinal, proteger a infância é um ato de amor e também uma responsabilidade de todos nós.
Segundo a organização, isso envolve muito mais do que garantir direitos básicos. Significa criar ambientes acolhedores, respeitar os ritmos individuais e oferecer tempo e espaço para o brincar livre, algo que vai muito além de entretenimento: é uma linguagem fundamental para o desenvolvimento das crianças.
Por que brincar é tão essencial?
Se brincar parece simples, é porque a infância tem essa potência silenciosa. Mas, por trás de cada jogo imaginário, estão aprendizados profundos: crianças exploram o mundo, constroem vínculos e desenvolvem a própria criatividade.
É por isso que a Aliança pela Infância reforça a importância de garantir espaços seguros, acessíveis e inclusivos, tanto nas cidades quanto nas áreas rurais, onde a brincadeira possa florescer com liberdade.
Além disso, a proposta é também equilibrar o uso das telas, que têm tomado tempo precioso das crianças com o mundo real. Menos tela, mais tempo ao ar livre e mais conexão humana: essa é a receita para proteger o encantamento.
Como participar da Semana Mundial do Brincar?
Qualquer pessoa ou organização pode participar, organizando atividades gratuitas como rodas de conversa, oficinas, brincadeiras, palestras e muito mais. A inscrição pelo site da Aliança pela Infância não é obrigatória, mas é altamente recomendada: as atividades cadastradas entram na programação oficial, que é divulgada nacionalmente.
A proposta é que cada ação, por menor que pareça, contribua para um movimento coletivo em defesa da infância. Porque quando o brincar é valorizado, a criança é respeitada.

Brincar também é um direito garantido por lei
A Semana Mundial do Brincar não é só simbólica: ela também reforça leis já existentes. O direito ao brincar está previsto na Convenção dos Direitos da Criança da ONU, na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Marco Legal da Primeira Infância.
Com o trabalho da Aliança pela Infância, esse direito já virou lei em quase 100 cidades brasileiras, em 15 estados. Também há legislações estaduais em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Paraíba e Pernambuco.
Quem está por trás do movimento?
A Aliança pela Infância nasceu no Brasil em 2001, trazida pela educadora Ute Craemer, e desde então atua como uma rede comprometida com o respeito à essência da criança. A proposta é simples: promover o que eles chamam de ABCD da infância – aprender, brincar, comer e dormir – como pilares para uma vida plena.
Atualmente reconhecida como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), a Aliança tem núcleos espalhados por todo o país e trabalha com voluntários para garantir que a infância seja vivida com dignidade, liberdade e encantamento.
Um olhar mais leve, presente e encantado
Se você tem uma criança por perto, já sabe: basta um pouco de atenção para perceber a beleza de ver o mundo com outros olhos. O que a Semana Mundial do Brincar 2025 propõe é exatamente isso, um reencontro com o olhar encantado da infância.
Porque proteger esse olhar é também proteger tudo o que faz da infância um tempo tão especial: a liberdade de ser quem se é, o direito de sonhar e o espaço para crescer com autenticidade.
Afinal, como reforça a Aliança: “o tempo da criança é agora”. E cabe a nós garantir que ele seja vivido por inteiro.