
Entre os anos de 2001 e 2015, o Brasil passou por uma queda de fecundação, ou seja, as mulheres estão tendo menos filhos. A média antes era de 2,2 filhos por mulher, agora a taxa chegou a 1,7 filhos. A maior taxa de diminuição foi entre as 20% das mulheres mais ricas do Brasil, que antes tinham em média 1,4 filho e atualmente tem média de 0,8. Uma queda de 45%, de acordo com o estudo do Fundo de População da ONU.
O estudo tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) e mostrou uma queda grande entre os 20% das mulheres mais pobres. Antes, a taxa de fecundidade entre elas, era de 3,9 filhos por mulher e caiu para 2,9 filhos, uma diminuição de quase 26%. Resumindo: quase um filho a menos por mulher.
Quando a pesquisa leva em consideração a raça/cor, os dados revelam queda de fecundidade em todos os grupos. Entre as mulheres pretas, a taxa caiu de 2,75 para 1,88, quase 31%. Já as mulheres pardas, tinham em média 2,65 filhos, terminaram o estudo com em média 1,96, uma diminuição de 26%. Durante o mesmo período analisado, as brancas antes apresentavam 2,10 filhos, e passaram a ter 1,69.
De acordo com a apuração de dados, a diminuição da taxa de fecundidade entre as mulheres mais pobres pode ser explicada, em parte, pelo aumento de acesso à serviços e informações sobre métodos contraceptivos. Já entre as mais ricas e com mais anos de estudo, os estudiosos especulam que a principal razão para a diminuição do número de filhos seria a dificuldade de conciliar a carreira com o relógio biológico.
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