Em meio à pandemia de coronavírus, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) detectou no Paraná um segundo caso de H1N2, subtipo inusitado do vírus Influenza A, causador da gripe. Este é o terceiro caso no Brasil do H1N2, transmitido de porcos para humanos e tem potencial pandêmico. Por isso o caso foi notificado ao Ministério da Saúde, que vai comunicar a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a Gazeta do Povo, a paciente infectada é uma menina de 4 anos que reside na área rural de Rebouças, no Centro-Sul do estado. O primeiro caso de H1N2 no Paraná foi detectado em abril, em uma mulher de 22 anos de Ibiporã, no Norte do estado, que se recuperou sem maiores consequências. Na ocasião, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do governo federal, considerou o caso como uma nova variante do vírus Influenza. Antes, apenas um caso havia sido notificado no Brasil, em 2016. Em 2005, a OMS emitiu alerta de 26 casos de H1N2 no mundo, a maioria de quadros leves.
A criança que teve o vírus H1N2 passa bem. Ela deu entrada no Hospital Darcy Vargas no dia 16 de novembro com sintomas de gripe: febre, coriza, dor de cabeça, dispneia e desconforto respiratório. A primeira amostra coletada para exame no Laboratório Central do Estado (Lacen) detectou o vírus como Influenza A. Na sequência, a amostra foi encaminhada ao laboratório da Fiocruz no Rio de Janeiro, onde o sequenciamento de genoma confirmou que o vírus é do subtipo H1N2.

“Em meio à pandemia da Covid-19, qualquer novo vírus com potencial epidêmico identificado merece toda a atenção e imediata implementação de medidas de prevenção e controle”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, à Agência Estadual de Notícias. A família da menina e as criações de porcos na cidade de Rebouças, no Centro-Sul do estado, estão sendo monitoradas por autoridades sanitárias. A criança, cujo pai trabalha na criação de porcos, já está recuperada. Porém, a menina e mais 16 pessoas que tiveram contato com ela recentemente seguem monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde de Rebouças.