Segunda uma pesquisa feita pela marca de produtos infantis MAM e divulgada pela Parents, 63% dos pais se sentiram julgados por dar chupeta aos filhos.
Pode parece absurdo, mas é real. E isso só mostra o quanto a maternidade e a paternidade ainda estão envoltos por opiniões, cobranças e olhares críticos.
O mais curioso? As críticas nem sempre vêm de pessoas próximas.
Cerca de 36% disseram ter sido julgados por estranhos, 30% por outros pais, 20% por amigos e 18% até pelos avós. Em alguns casos, 14% afirmaram enfrentar críticas dentro de casa, vindas do próprio parceiro amoroso.
A problemática de dar chupeta
A chupeta é um daqueles assuntos que sempre geram polêmicas.
De um lado, há quem elogie seu efeito calmante quase que imediato; afinal, ela pode ser um verdadeiro alívio para momentos de desconforto e irritação.
Do outro, surgem preocupações sobre possíveis impactos a longo prazo, como por exemplo, a confusão de bicos ou problemas dentários e de fala.
No entanto, mais do que o uso em si, o que realmente pesa é o julgamento que muitos pais enfrentam por oferecer a chupeta aos filhos. Para a terapeuta PhD Carolyn Solo, esse tipo de sentença é reflexo de um cenário mais amplo.
“Criar filhos pode nos deixar expostos e vulneráveis. E quando o tema é controverso — com ou sem razão — é comum que os pais sintam culpa”, explica.
Ela ressalta ainda que quase toda escolha parental vira alvo de críticas.
“Seja amamentar ou não, colocar o bebê para dormir sozinho, dividir a cama com ele ou deixar que use chupeta, sempre existirão grupos prontos para opinar”
Em outras palavras, parece que cada decisão precisa ter um “jeito certo certo e aceitável” quando, na verdade, não existe fórmula única para criar um filho.
Apesar disso, o impacto dessas opiniões é real; a mesma pesquisa apontou que 28% dos pais retiraram a chupeta dos filhos devido às críticas de outras pessoas.
Além disso, 27% passaram a evitar locais públicos e 19% disseram precisar se forçar a sair de casa por medo de serem criticados. Números preocupantes, especialmente pensando no quanto a parentalidade já é desafiadora por si só.
Um sinal claro de como o julgamento social pode interferir nas decisões familiares e aumentar, entre outras coisas, a insegurança dos pais.
Chupetas: vilãs ou aliadas?
Embora as opiniões se dividam, a Academia Americana de Odontopediatria reconhece o uso da chupeta como benéfico nos primeiros meses de vida.
Desde que usada com orientação e moderação.
Nesse sentido, a instituição aponta vantagens como:
- Ajudar bebês prematuros a desenvolver o reflexo de sucção;
- Oferecer conforto e sensação de segurança;
- Reduzir o risco de síndrome da morte súbita infantil (SMSI);
- Evitar o hábito de chupar o dedo, que tende a ser mais difícil de abandonar.
Ou seja, o uso da chupeta não é o vilão da história. Mas o julgamento, sim.
Como lidar com o julgamento?
É impossível controlar as opiniões alheias.
Mas é possível aprender a não se deixar abalar. A Dra. Solo lembra que muitas pessoas julgam os outros porque, inconscientemente, se sentem inseguras com suas próprias escolhas. “Às vezes, o julgamento é uma forma de reafirmação pessoal. Por isso, é importante saber não internalizar essas críticas”, orienta.
Vale lembrar ainda que pais e bebês nascem juntos e ambos estão aprendendo.
Aliás, ser pai ou mãe é um processo, e as vozes que mais importam são as que vêm de dentro de você. Em outras palavras, o melhor guia ainda é o instinto parental.
Confie no seu olhar, nas suas experiências e, claro, no seu bebê. E se houver dúvidas ou inseguranças, converse com um profissional de saúde.
Seja uma parceira do Clube Pais&Filhos e faça uma renda extra!
Lançamos um programa de afiliados no Clube Pais&Filhos.
Nele, você encontra uma curadoria especial de produtos que acompanham cada fase — da gestação à infância — com descontos de até 50%.
Você pode começar agora mesmo a faturar em cima dessas vendas!
Quer ser nossa afiliada? Clique aqui e faça parte!
Leia mais
- Confira as melhores dicas para trocar fraldas
- Tudo o que você sempre quis saber sobre como cuidar de um recém-nascido
