Andreas Richthofen dá 1ª entrevista e diz que procura a irmã há 4 anos: "Tem assuntos pendentes"

Em uma entrevista exclusiva concedida ao programa Tá na Hora, do SBT, Andreas Richthofen, irmão de Suzane Richthofen, compartilhou detalhes sobre sua vida atual, incluindo sua relação com a irmã e o gerenciamento do patrimônio herdado dos pais. O encontro raro ocorreu nesta sexta-feira, 19 de abril, marcando uma das poucas vezes em que Andreas decidiu romper o silêncio.

Andreas revelou não ter qualquer contato com Suzane, expressando surpresa ao saber de sua soltura em janeiro de 2023. Seu único interesse em um reencontro seria em circunstâncias judiciais.

Andreas disse que não consegue imaginar ter uma convivência pacífica com a irmã nem com Daniel Cravinhos, que escreveu uma carta na qual pediu perdão pelo que fez: "Então, não vou servir chazinho pros caras, fica difícil... Marretam a cabeça do seu pai, e você vai dançar ciranda com o sujeito depois?", disse o rapaz.

Ao ouvir do produtor do SBT que Suzane mudou de nome e agora reside em Bragança Paulista, Andreas respondeu: "Ouvi falar. Legal, tô procurando ela pela Justiça. Nós temos ações judiciais pendentes. Eu até encontraria ela na Justiça. Eu até encontraria ela na Justiça, no fórum. Ela não tá presa? Achei que ela tava presa".

Andreas também descobriu que Suzane está em liberdade: "Ela deveria procurar, né? Deveria me procurar, porque nós temos assuntos, ela tem o dinheiro dela também, né? Tem que ver o que vai dividir aí do que sobrou". O funcionário do SBT questionou se o dinheiro não é de Andreas. "É, não, ela tem os recursos dela, aí é a Justiça que vai dizer", desconversou o irmão.

Andreas ainda falou que tenta contato com Suzane há algum tempo. "Então, eu tô procurando ela faz uns quatro anos já. Nós temos assuntos pendentes na Justiça. É em Bragança Paulista que ela tá morando?", rebateu o irmão da criminosa na conversa com o produtor.

O bioquímico e farmacêutico de 36 anos tem enfrentado desafios significativos na gestão da herança avaliada em R$10 milhões, deixada por seus pais. Residindo isoladamente em um sítio em São Roque, sem internet ou celular, Andreas se distanciou não só da sociedade como também das responsabilidades fiscais, acumulando dívidas que superam os R$500 mil.

A situação patrimonial se complica com a invasão de duas propriedades por falsos sem-teto, evidenciando a negligência na administração dos bens. Uma das casas invadidas, uma mansão em São Paulo avaliada em R$1 milhão, destaca-se pela recusa de Andreas em vendê-la apesar das ofertas recebidas e da dívida acumulada de IPTU no valor de R$48 mil.

Fontes próximas a Andreas sugerem que seu maior temor é a possibilidade de Suzane acessar a herança. Afinal, sem cônjuge ou filhos, Suzane figura como sua única herdeira legal. Este medo parece fundamentar parte da reclusão de Andreas e sua resistência em resolver as pendências judiciais envolvendo a irmã.

Apesar do isolamento e dos desafios financeiros e legais enfrentados por Andreas Richthofen, amigos relatam um "misto de medo e amor" pela irmã. A complexa dinâmica familiar permanece intrincada vinte anos após o crime que chocou o país, com a disputa pela herança dos pais Manfred e Marísia Richthofen ainda lançando sombras sobre os irmãos.