A professora Monique Medeiros, ré pela morte do próprio filho, o menino Henry Borel, de 4 anos, afirma em um áudio enviado a sua amiga que o pai da criança, Leniel Borel, só quer vingança e que deveria morrer, tendo um câncer ou enfartando.
Os áudios da acusada foram enviados pelo próprio Leniel à reportagem da UOL. Monique diz: “Ele é pior que o MP porque ele só quer vingança. Esse homem, minha filha, é ódio puro no coração dele. Tinha que morrer, infartar, ter um câncer”, diz Monique na mensagem. A sigla “MP” que ela faz menção no áudio se refere ao Ministério Público do Rio, que denunciou Monique e o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho, pela morte da criança, em março de 2021.
Em outro trecho divulgado no áudio, ela diz não conseguir imaginar o que faria caso encontrasse com Leniel na rua. “Amiga, que homem desgraçado, cara. Olha, meu Deus […] Se eu encontro ele na rua, não sei o que eu faço não. Juro, não gosto nem de pensar”.

Mãe de Henry Borel volta a ser presa
Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel e ré no processo que apura a morte da criança, sofreu duas derrotas importantes na Justiça nas últimas semanas. Ela passou a responder por mais crimes no júri do caso e teve a prisão preventiva estabelecida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 6 de julho.

Monique foi presa às 6h da manhã. Na chegada à 16ª DP, a professora foi hostilizada por um grupo de pessoas que passavam em frente à unidade policial. Após as formalidades na delegacia, ela será encaminhada para o Instituto Médico-Legal (IML).
O ministro analisou um recurso dos advogados do pai da criança, Leniel Borel, que atua como assistente de acusação no caso. O recurso foi em relação a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que revogou a prisão preventiva de Monique em agosto de 2022.

“O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro teve o cuidado de apontar, nos autos, elementos concretos que apontam para a gravidade, em tese, das circunstâncias e da forma de cometimento do delito”, afirmou Gilmar na decisão. Em nota, Leniel Borel disse que a prisão de Monique é “imprescindível”, já que ela foi “pronunciada pelos crimes de homicídio, tortura e coação no curso do processo”.