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Aventura em família: pai e filha quebram recorde ao escalarem o Everest

Reprodução/El Pais

Publicado em 24/09/2018, às 14h02 por Redação Pais&Filhos


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Renato e Ayesha alcançaram o cume da montanha em maio (Foto:Reprodução/El Pais)

Renato Zangaro, de 60 anos, e sua filha, Ayesha Zangaro, 23 anos, alcançaram o topo do Everest, a montanha mais alta do mundo. Porém, mais de 715 pessoas já fizeram isso em  2018, qual é o grande diferencial dessa dupla? Eles quebraram dois recordes seguidos! Brasileiro mais velho a escalar a montanha e brasileira mais nova a escalar a montanha.

Essa aventura já estava sendo planejada desde 2010, quando o pai levou sua esposa, Lysse, e Ayesha para fazer um trekking na montanha localizada no Nepal. Eles escalaram até o campo-base, lugar onde acampam os alpinistas que pretendem chegara no cume da montanha, a mais de 5.340 metros.

A experiência deixou a menina, com 15 anos na época, empolgada com a ideia de chegar até o topo. “Gostei muito mais do trekking que eles. Foi mágico. Lá, fiquei sabendo do projeto dos sete cumes, que é o desafio de escalar a montanha mais alta de cada continente. Quando voltei, sabia que queria fazer”, relatou Ayesha ao site do El Pais. Porém seu pai achou uma loucura. “Na hora, falei: ‘você está louca.’”

Seguindo a dica dos alpinistas experientes, Renato e Ayesha seguiram para a Tanzânia em 2011 e escalaram o Kilimanjaro (5.895 m), o mais “fácil” dentre os sete. Em 2012 foi a vez do Aconcágua (6.962 m), na Argentina. Adiaram a escalada seguinte, na Rússia, para 2013, devido a condições climáticas, mas conseguiram alcançar o topo do Elbrus (5.642 m). A quarta escolhida foi a Carstensz, uma pirâmide de pedra de 4.884 metros localizada na placa tectônica da Oceania. O penúltimo desafio foi o monte Denali (6.190 m), no Alasca, a montanha mais fria do mundo. Assim que tiveram condições, começaram as preparações para o desafio final, que só aconteceu em 2018.

A preparação foi intensa. Ayesha já tinha um condicionamento físico por ser dançarina, mas precisou treinar resistência. “Tive que adaptar minha rotina viajando com mochila pesada, fazendo tudo a pé, caminhadas de longa duração.” relativou ao El Pais. Já Renato fez ginástica funcional, consultou um nutricionistas e tratou as lesões que adquiriu das últimas cinco escaladas. “A maior dificuldade em função da idade é a recuperação mais lenta. Me obrigava a andar mais devagar porque precisava de mais tempo de descanso, planejando o gasto de energia.”

Um helicóptero buscou pai e filha em Katimandu, capital do Nepal, e os levou até o pé da Cordilheira do Himalaia, a 2.800 metros de altitude. Lá, é feito um trekking de 10 dias até o campo-base. Lá eles foram designados a um guia, o xerpas, que trabalham no turismo da montanha. A partir do acampamento, a escalada é dividida em quatro ciclos; sempre que progride uma parte, volta ao acampamento base progressivamente. O inicial dura um dia, o segundo dura três dias, o terceiro cinco dias e o último, que vai do acampamento até o cume, sete dias. Um total de 16 dias acima do acampamento. 

Os perrengues até chegar lá foram muitos. A máscara de oxigênio de Ayesha estava furada, perdendo 30% do gás reserva que tinha. “Chorava muito, foi uma guerra interna. Repetia que era o pior dia da minha vida, um pesadelo”. Na última parte da escalada, Renato teve que empurrar a filha para ela conseguir, mas isso fez com que os dois chegassem juntos ao topo.

Renato relata que teve uma satisfação, mas que foi contida, pois o desafio ainda não tinha acabado. “Até porque tem que voltar”. Sua filha achou surreal estar no topo. “Estava completamente anestesiada. Lembro que era lindo, mas era muito difícil estar ali. Já pensava na descida e estava muito exausta”.  “O barato da montanha é passar muito tempo com você, em situações complicadas no físico e no emocional. Você faz uma reflexão intensa por dia”, afirmou Renato. “Ayesha sabia que seria a brasileira mais nova a escalar chegar ao cume, mas Renato o recordo de Renato foi “por acaso”, pois quem ia conquistar o título era Joel Kriger, de  64 anos, mas ele teve que voltar ao ser hospitalizado.

De lembrança dessa viagem alucinante Ayesha ganhou um congelamento de primeiro grau no pé, enquanto seu pai teve um de terceiro grau na mão. Porém, os sonhos não acabam por ai. Pai e filha procuram patrocínio para escalar o último monte, Vinson (4.892 m), na Antártida. “A ideia é fazer em 2019”, admite Renato.

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