Beatriz Souza, que ganhou ouro no judô, começou no esporte após inspiração do pai

O judô brasileiro acaba de conquistar mais uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Após as derrotas polêmicas de Rafaela Silva e Rafael Macedo, que terminaram na terceira colocação após desclassificações controversas, Beatriz Souza se destaca ao alcançar a final da categoria acima de 78kg.

A trajetória de Beatriz até a final foi marcada por vitórias expressivas. Ela superou Izayana Marenco, da Nicarágua, nas quartas de final, e eliminou a francesa Romane Dicko nas semifinais com um ippon. Bia enfrentou Raz Hershko, de Israel, atual segunda do ranking mundial. Em confrontos anteriores, a brasileira saiu vitoriosa nas quatro ocasiões em que se encontraram.

Quinta colocada no ranking mundial, Beatriz participa pela primeira vez dos Jogos Olímpicos. Anteriormente, ela competiu pela vaga olímpica de Tóquio, mas foi superada por Maria Suelen Altheman. Após uma lesão grave no joelho durante as Olimpíadas no Japão, Suelen se aposentou e se tornou treinadora de Beatriz. Treinando no Esporte Clube Pinheiros em São Paulo, Bia tem aprendido muito com sua ex-rival.

Apesar da juventude, Beatriz acumula experiência em competições internacionais. Em 2023, conquistou o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago e no Mundial de Doha. Anteriormente, ganhou bronze no Mundial de Budapeste em 2021 e prata em Tashkent em 2022. Também levou o bronze nos Pan-Americanos de Lima.

Além das conquistas no tatame, Beatriz traz orgulho para sua família e inspira novas gerações. Incentivada pelo pai, que também competiu nacionalmente, ela deixou sua cidade natal Itariri aos 13 anos para treinar na capital paulista. Em entrevista, Bia Souza disse que se inspirou no pai para seguir a carreira de judoca.  Treinador da lutadora inclusive conta que ela já está no esporte desde muito nova, "O pai dela já treinava e colocou ela desde pequena. Por ela ser muito grande, sempre treinou com os adultos", explicou o treinador.