Publicado em 15/07/2024, às 14h01 por Vitória Souza, Filha de Amailton e Vania
Nesta segunda-feira, 15 de julho, saiu o resultado de um estudo feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), onde existe um ranking dos 20 países com mais crianças sem vacinação. O avanço da imunização infantil no ano de 2023 fez o Brasil sair da sétima colocação deste ranking.
De acordo com os dados da pesquisa, no Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, vacina que protege contra a difteria, tétano e coqueluche, saiu de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. A quantidade de crianças que não receberam a DTP3, também reduziu de 846 mil para 257 mil em 2023.
Hoje, o Brasil não faz mais parte da lista de crianças não imunizadas. A ministra da saúde, Nísia Trindade, destacou o reconhecimento positivo por conta da retomada das coberturas vacinais, “Nós revertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas”, comentou a ministra.
Entre 2021 e 2023, o Brasil também conseguiu registrar melhorias em 14 dos 16 imunizantes analisados pela UNICEF e OMS. Luciana Phebo, chefe de saúde da UNICEF no Brasil, também falou sobre o avanço: “Após anos de queda nas coberturas vacinais infantis, a retomada da imunização no Brasil merece ser comemorada. Agora, é fundamental continuar avançando, ainda mais rápido, para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas.”
Infelizmente, as tendências mostram que muitos países continuam não vacinando um número excessivo de crianças. Apesar da saída do Brasil dessa lista, o cenário global não teve avanços positivos. A cobertura de imunização infantil estagnou em 2023, o que deixou cerca de 2,7 milhões de crianças a mais sem a vacina ou imunização completa, comparando com os níveis pré-pandemia.
Catherine Russell, diretora executiva do UNICEF, diz que para melhorar esse cenário da vacinação infantil, é necessário que seja feito um esforço global, com governos, parcerias e líderes locais que invistam em cuidados primários de saúde e garantir que as crianças sejam vacinada e fortalecendo a saúde geral.
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