Cabelo na gravidez: o que muda e o que não pode fazer nesse período?

Durante a gravidez, o corpo da mulher experimenta uma série de transformações não apenas internas, mas também exteriores, que podem realçar a beleza natural. Entre essas mudanças, destaca-se o impacto no volume e brilho dos cabelos, um fenômeno atribuído às alterações hormonais características deste período.

A Dra. Juliana Spirandeli Amato, ginecologista e mãe, esclarece que o aumento dos níveis de estrogênio e progesterona, junto à redução da testosterona, prolonga a fase de crescimento dos fios, resultando em cabelos mais volumosos e menos oleosos. Esses efeitos podem ser observados já nas primeiras semanas após a concepção.

No entanto, com essas mudanças, é crucial adaptar os cuidados capilares durante a gestação. A preferência deve recair sobre produtos naturais e orgânicos, que são livres de componentes químicos nocivos tanto para a mãe quanto para o bebê. Segundo a dermatologista Michele Haikal, é possível manter a frequência diária de lavagem dos cabelos utilizando esses produtos seguros, alternando para dias intercalados conforme a necessidade.

A escolha consciente de cosméticos se estende além da preferência por orgânicos; é vital examinar os rótulos em busca de substâncias proibidas pela vigilância sanitária como cânfora, chumbo e ureia em altas concentrações. A Dra. Haikal adverte sobre os riscos associados à cânfora e ao chumbo presentes em cosméticos, que vão desde toxicidade fetal até problemas neurológicos no bebê.

Dada a gravidade desses riscos, grávidas devem evitar tinturas capilares e procedimentos químicos invasivos como alisamentos durante a gestação. A preocupação reside na absorção desses produtos pela pele e sua potencialidade para afetar o desenvolvimento fetal, uma vez que testes clínicos nesse estágio são inviáveis.

Em resumo, a gravidez é um período de cuidado e atenção redobrados com a saúde e bem-estar da mãe e do bebê. Optar por produtos capilares seguros e monitorar o conteúdo dos cosméticos utilizados não apenas protege ambos durante esses nove meses críticos mas também contribui para o bem-estar geral da mulher.