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Caio Bonfim relembra trajetória na marcha atlética após medalha de prata: “Difícil foi ser xingado”

(Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Publicado em 01/08/2024, às 09h51 por Vitória Souza


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O atleta Caio Bonfim, de 33 anos de idade, conquistou a primeira medalha olímpica na modalidade de marcha atlética representando o Brasil. Após competir nos Jogos Olímpicos de Londres, Rio e Tóquio, Caio ganhou a medalha de prata, ficando em segundo lugar na prova e se tornou o primeiro atleta do país a subir no pódio.

Caio Bonfim conquistou a primeira medalha olimpíca do Brasil nessa modalidade (Foto: Reprodução/ Instagram)


Em entrevista para Cazé TV, Caio desabafou sobre as dificuldades que passou para chegar até a linha de chegada, "O cara perguntou 'foi difícil essa prova?'. Falei 'não, difícil foi ser xingado na rua desde o dia em que fui marchar pela primeira vez'. Falei 'estou pronto, pai! Quero ser marchador'. Eu decidi ser xingado sem ter problema", disse o atleta.

Ele ainda seguiu relembrando as primeiras provas que competiu, como nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando ele precisou ser carregado em uma cadeira de rodas. “Agora sou medalhista olímpico. Esse momento é eterno. Tem que ter muita coragem para viver de marcha atlética, não é fácil. Mas valeu a pena pagar o preço. Hoje eu pude falar para os meus pais "nós somos medalhistas olímpicos”, continuou Caio.

Mãe de Caio Bonfim é a treinadora do atléta e também competiu na mesma modalidade (Foto: Divulgação/Wagner Carmo/CBAt)


Durante a entrevista, Caio ainda fez uma brincadeira com a questão da fama dos esportes, “Eu brinco que o Brasil tem dois esportes. Um é o futebol e o outro é o que está ganhando. Se você quer aparecer, tem que estar nesse outro que está ganhando”, explica o atleta.

Ao falar sobre a sua trajetória dentro do esporte, Caio Bonfim falou sobre preconceitos e xenofobia dentro da competição, apontando a atitude de árbitros que aplicavam mais punições em atletas que representavam a América do Sul. Na marcha atlética, caso o competidor levante os dois pés ao mesmo tempo, ele pode ser advertido e no caso de três punições, pode precisar ficar parado por dois minutos, o prejudicando na colocação da competição. 

 


Nessa reta final da competição, o atleta sofreu a segunda punição, o que fez com que ele não acelerasse para conseguir chegar na ponta da corrida com o equatoriano Brian Pintado. “Eu sempre sofri com o preconceito. Você vê que, na câmera de chamada, eles chamam cinco atletas, quatro são europeus. Querem uma prova europeia. E aí tem dois sul-americanos liderando a prova, algum deles tinha que tomar a punição. Mas eu sou brasileiro, não desisto, é na raça”, finalizou Caio.

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