O interrogatório de Jairinho pela defesa e pela juíza do caso, Elizabeth Machado Louro, encerrou após mais de sete horas. Ele se recusou a responder perguntas da acusação, por orientação da própria defesa.
No final do depoimento, Jairinho falou: “Só peço que seja feita justiça. Não aguento mais. Parece que estou vivendo um filme de terror e estou perdendo a vontade de viver”. Em inúmeros momentos, a defesa perguntou para o acusado sobre o socorro prestado ao garoto, Henry.
Jairinho apontou que nao tinha culpa de lesões no garoto. “Eu não tenho culpa. Eu não fiz nada disso, pelo amor de Deus. Se o Henry tivesse chegado com sinais de violência, eu não estaria recebendo os pêsames até o dia do velório”.
O homem também falou ao longo da audiência que ele foi escolhido como culpado e que seria uma pessoa incapaz de gritar com os filhos. Ainda, ele se emocionou ao falar sobre o raio-x de Henry, mostrado na última audiência, prova a inocência dele. Conforme fala de Jairinho, foi um pneumotórax que deslocou o coração de Henry para o lado direito do peito.

Ele disse que faz orações todos os dias na cadeia. “Toda noite, eu combina com a minha família, às 21h, meus filhos, todos eles: Jairo, Malu, Luiz Fernando, para que a verdade apareça, para mostrar que eu sou inocente”.
Essa audiência foi de instrução e julgamento do caso. Depois do interrogatório feito para Jairinho, a Juíza do caso irá decidir se os réus vão a júri popular ou não.
Sobre o caso Henry Borel
Henry Borel tinha 4 anos quando morreu, no dia 8 de março de 2021. Segundo denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, o garoto foi vítima de torturas por parte do vereador e padrasto, Dr. Jairinho. A mãe responde por homicídio triplamente qualificado, por conta de tortura e coação de testemunhas.
