Mãe é suspeita de matar filhos de 3 e 9 anos e manter corpos dentro de casa por 15 dias

No último domingo, dia 28 de agosto, os corpos de crianças de três anos e 10 anos de idade foram encontrados em um apartamento na cidade de Guarapuava, no estado do Paraná. A principal suspeita da autoria do crime é a mãe das crianças, de 31 anos de idade.

Os corpos das crianças foram levados para Itajaí após serem liberados pelo Instituto Médico Legal, e a funerária afirmou que não haverá nenhum velório. Já o sepultamento ocorrerá nesta segunda-feira, dia 29 de agosto, no Cemitério Municipal de Itajaí.

A mãe foi presa pelas autoridades no dia anterior do descobrimento dos corpos, no último sábado, dia 27 de agosto. Além disso, a mulher chegou a confessar que é a responsável pelo assassinato dos próprios filhos há cerca de duas semanas antes da prisão, em um episódio de “surto”.

Para o G1, a delegada responsável pelo caso, Ana Hass, confirmou que as causas de morte se deram por enforcamento e asfixia. O filho mais novo, de três anos de idade, foi asfixiado com um travesseiro, enquanto a menina de 10 anos foi enforcada com um cordão, além de ter recebido um remédio calmante da mulher. A mulher foi presa em flagrante e responderá pelos crimes de ocultação de cadáver, fraude processual e também homicídio. A Polícia Civil está investigando o caso.

“Não revela arrependimento”

Em uma entrevista coletiva, Ana Carolina Hass falou mais sobre o caso. Além de ter revelado que a filha mais velha pode ter sido mantida viva por quatro dias junto com o corpo do irmão mais novo, a delegada deu mais informações sobre o crime.

Ela começou dizendo que a mãe, autora do crime, disse que nunca teve nenhum episódio de surto ou passou por algum tratamento, o que contraria a primeira afirmação dela no dia da prisão. Além disso, ela afirmou que seria possível que a mãe tenha premeditado o crime: “Primeiramente, ela teria premeditado esse crime, e posteriormente, ao passar cerca de 15 dias com as crianças, com os cadáveres das crianças, nós entendemos que ela passou esse tempo bolando estratégias de defesa ou até formas de se escusar, de achar desculpas para apresentar às forças policiais”.

Fora isso, Ana Hass disse que a criminosa parece não demonstrar nenhum arrependimento: “Todas as informações repassadas para nós não revelam um grau de arrependimento, mas sim uma forma, mais uma vez, de bolar escusas ou justificar os atos que ela cometeu”.

Assista ao POD&tudo com Carol Celico