A CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, poderá ser tomada por moradores de outros estados além de São Paulo. A informação foi divulgada pelo governador do estado, João Doria, durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira, 7 de dezembro, onde foi exibido o plano de vacinação – que deve começar em janeiro.
“Todo e qualquer brasileiro que estiver em São Paulo e pedir a vacina receberá gratuitamente. Não precisará comprovar residência em São Paulo. Nós fazemos parte do Brasil. E aqui vacinaremos todos que precisarem ser vacinados “, disse Doria.

De acordo com o governador, pelo menos oito estados já demonstraram interesse em adquirir a vacina chinesa. Entre eles, Rio de Janeiro e Curitiba, onde as negociações já estão mais avançadas. Enquanto isso, o plano do Ministério da Saúde prevê o início da vacinação nos outros estados a partir de março de 2021.
São Paulo aguarda apenas a aprovação da Anvisa para confirmar a imunização. Segundo as informações, as primeiras doses devem ser aplicadas em 25 de janeiro, em profissionais da saúde e indígenas. Em seguida, a partir de 8 de fevereiro, a vacina deve ser aplicada em idosos, grupo com maior taxa de óbitos no estado.
Como irá funcionar
A partir do dia 25 de janeiro, João Doria explicou que será iniciado o plano estadual de vacinação. “As vacinas devem ser aplicadas imediatamente na população brasileira. Cada vida importa, e importa muito”, reforçou o governador. Para a primeira fase, será priorizado a imunização dos profissionais de saúde e pessoas acima de 60 anos. Para este segundo grupo, a consideração da escolha foi pela incidência de óbitos, que ocorreu 70% em pacientes acima desta faixa etária.

Com o objetivo de imunizar também os profissionais de saúde de outros estados, serão disponibilizadas 4 milhões de doses, que devem ser solicitadas com antecedência para serem entregues a partir de 25 de janeiro. No estado de São Paulo, os postos de atendimento à saúde serão ampliados para 10 mil. Para que todo o sistema funcione bem, serão implementadas estratégias em farmácias, escolas, quartéis, terminais de ônibus e ainda via drive thru. “A campanha contará com logística e segurança”, comenta Doria.

Os horários de funcionamento dos postos serão de segunda a sexta, das 7h às 22h*, e aos sábados, domingos e feriados, das 7h às 17h* (podendo ser estendido, se necessário, até as 22h). “Nós temos agulhas e seringas necessárias para vacinar este público. Já disponibilizamos todo o estoque”, garante Jean Gorinchteyn, Secretário de Saúde de São Paulo.
Durante a campanha de imunização, antecipada para janeiro no plano estadual, cada cidadão receberá duas doses da vacina, devendo ter um período de 21 dias entre elas. Para idosos, é pedido preferencialmente que os postos de saúde sejam procurados pela parte da manhã, com o intuito de evitar aglomerações. “O retorno a normalidade só ocorrerá com a vacinação“, completa o Secretário de Saúde de São Paulo.