No domingo, 28 de agosto, Alice Emanuelli Pereira Bacelar, uma criança de 3 anos de idade, estava comendo uvas com o pai após o jantar, como era rotineiro em sua família, enquanto a sua mãe, a costureira Leidiane Pereira, estava dormindo.
Leidiane acordou com a filha em cima dela pedindo ajuda, engasgada com a fruta. A mãe, que assiste muita reportagem com pessoas engasgadas, não sabia com o que a filha havia se esgasgado, mas fez os primeiros socorros mesmo assim.

“Só que a uva não desceu, o que ela tentou pôr pra fora, voltou. Aí voltou para o pulmão. Então o ‘pulmãozinho’ dela parou”, contou Leidiane ao G1. Ela ainda relatou que foi para a rua pedir socorro e uma técnica de enfermagem e um bombeiro que estavam no culto fizeram os primeiros socorros de novo, e a uva saiu da garganta da menina.
Como Alice estava com dificuldade para respirar e ficou sem oxigênio por cerca de 15 minutos, a mãe a levou ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Lá, a criança foi intubada e a mãe conversou com ela antes.

“Até então a minha filha estava chorando, eu tentei conversar com ela, o olhinho dela paralisou, ficou abertinho, mas não mexia. Aí intubaram. Depois de intubar, ela deu duas paradas cardíacas”, falou. Uma delas teve cerca de 7 minutos de aproximação, e a outra, 22.
Alice precisou passar por reanimação, e um cirurgião foi chamado para que o líquido que estava nos pulmões fosse retirado. “A doutora falou que o pulmão estava e disse: ‘Mãezinha’, ela é muito forte. Ela resistiu a uma parada de 7 minutos e outra de 22. Ela está lutando pela vida, ‘mãezinha’”, relatou Leidiane.

A criança teve piora no quadro clínico e durante a cirurgia ela passou por outras duas paradas cardíacas, e não resistiu. “A esperança é a última que morre. A equipe disse que ela deu mais paradas, eu não escutei direito, eu estava desesperada. E ela veio a óbito. Aí eu entrei em desespero e elas não queriam me dar a notícia porque eu estava sozinha”, desabafou a mãe.
No 11º Distrito Policial foi registrado o boletim de ocorrência como morte acidental, contudo segundo a delegada Renata Vieira, deverá ser encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).