Crianças relatam assédio vindo de motorista de van escolar: “Eu senti as mãos”

Um motorista de van que realiza o transporte escolar de crianças na zona rural da cidade de Barretos/SP está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por suspeita de abuso sexual contra garotas de 9 a 11 anos dentro de seu veículo.

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Cinco estudantes contaram aos pais e à direção da escola sobre os casos que estavam acontecendo durante o trajeto até a instituição na ida e volta para casa. A identidade do acusado não foi revelada pela polícia. A denúncia veio de uma das garotas após esta acompanhar na televisão o caso da menina Bárbara Vitória, de 10 anos de idade, morta em Ribeirão das Neves/MG.

“Eu estava assistindo TV e estava aparecendo o caso de uma menina que tinha sido estuprada e morta. Ela olhou, olhou e começou a me perguntar o que era estupro, o que acontecia. Eu expliquei para ela. Ela olhou para mim e falou ‘Mãe, aconteceu isso e isso hoje na perua. Eu estava dormindo e senti as mãos’. Eu pedi para ela: ‘Conta para a mamãe certinho, para a mamãe ver o que podemos fazer’. Ela me explicou e disse que era certeza que era a mão dele [do motorista], não a de outra criança”, contou a mãe, Elenice Costa de Oliveira.

Elenice acabou ligando para a diretora do ambiente escolar e contou o que ouviu da filha, pedindo para que a responsável pela instituição também conversasse com a menina no outro dia. A polícia foi acionada e as mães registraram um boletim de ocorrência após orientações.

De acordo com relatos das vítimas à polícia, o motorista colocava as meninas mais próximas dele e os meninos na parte de trás da van. “Tinha outras crianças na van, em torno de 15 crianças, mas havia uma predileção que as meninas ficavam na frente, facilitando o contato dele com as meninas”, disse a delegada Denise Vichiato Polizelli Paro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barretos.

A Polícia Civil instaurou inquérito por estupro de vulnerável; o homem acusado, de 64 anos, não possui passagens pela polícia e terminou sendo demitido. Outra pessoa passou a ocupar sua vaga e está sendo monitorada, segundo informações da secretária de Educação, Jéssica Maria dos Santos.

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