Publicado em 03/12/2021, às 14h13 - Atualizado em 06/12/2021, às 15h08 por Hanna Rahal, filha de Lydiana
A empatia é uma qualidade ótima e necessária, que ajuda seu filho a viver melhor e se relacionar de maneira mais saudável com as pessoas ao seu redor. Mas como os pais e a escola podem ajudar no desenvolvimento desse atributo nas crianças?
Para ajudar a responder essa pergunta, conversamos com Cláudia Ayres Paschoalin, mãe de Flávia e Pedro, professora, pedagoga, psicopedagoga com formação em neuroaprendizagem, que atua como Diretora Geral, no Colégio Marista Glória. Ela explicou que existem projetos realizados na escola, pensados exatamente para ajudar seu filho na compreensão do mundo.
Construir empatia desde cedo é abordar, debater e refletir sobre o cenário atual do mundo com respeito ao próximo e, também, deixar uma contribuição para a sociedade. E a reflexão que fica é: qual o papel da escola nesse processo de compreensão do mundo, de formação da opinião e de formação da empatia? E como você, enquanto pai ou mãe pode contribuir nessa formação?
O Ensino Fundamental é o mais longo da Educação Básica. Acolhe as crianças recém-saídas da Educação Infantil, com 6 anos e as acompanha até os 14 anos. A atuação de cada um dos segmentos da Educação Básica junto às crianças e jovens, em parceria com a educação familiar, compõem a formação integral de cada indivíduo.
Sendo assim, cabe ao Ensino Fundamental, para além da construção do conhecimento acadêmico, subsidiar experiências educativas e socioemocionais que promovam o autoconhecimento, a empatia nas relações, a percepção e desenvolvimento de habilidades e competências, a vivência de valores humanos e globais, o desenvolvimento moral, a atuação cidadã, a partir do reconhecimento da diversidade existente no mundo, desde o contexto mais próximo até o mais distante e as implicações da ação de cada pessoa no ecossistema global.
É um momento complexo, cheio de nuances e desafios que vão sendo vividos gradativamente, por meio de experiências e situações de aprendizagem que incorporam ferramentas tecnológicas, inovações, partindo da potência da linguagem das infâncias e se transformando para a linguagem do adolescente de maneira a potencializar a segurança nas futuras decisões, pessoais e profissionais, que farão a partir do Ensino Médio.
Nesta fase, o estudante aprende a fazer autogestão de suas aprendizagens. Vai aos poucos sendo orientado a se organizar com agendas, compromissos, prioridades, aprendendo estratégias de estudo para cada um dos componentes, formas diferentes de organizar pensamentos e registros, sendo cada vez mais capacitado a se tornar um estudante autônomo.
Os projetos “mão na massa”, em que os estudantes mobilizam e integram conhecimentos de diversas áreas para resolução de um problema prático ou paramaterialização de uma ideia com função e aplicação social definida. Esses projetos desenvolvem observação do contexto, definição de intencionalidades e habilidades, como: planejamento, pensamento lógico, resiliência, tolerância à frustração (nem sempre as ideias dão certo: o que fazer? Como recomeçar? Como adaptar?), argumentação, escuta das opiniões dos companheiros de equipe. Essa forma de aprender, por meio de projetos, faz com que a criança entenda o seu papel social, seu papel cidadão e se fortaleça como promotora de mudanças sociais, independentemente do tamanho dessas mudanças, mas que eles se entendam capazes de agir socialmente e tornar o mundo melhor.
Os Colégios Maristas desenvolvem o Projeto de Intervenção Social, carinhosamente chamado de PIS, com as turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Esse projeto representa um elo, uma continuidade com os projetos desenvolvidos na Educação Infantil que recebiam o nome de Projetos de Investigação. Na Educação Infantil, o foco dos projetos era a percepção das crianças pequenas sobre o outro, sobre o entorno mais próximo a elas: os amigos, a natureza, ampliando a percepção de mundo.
Pensando nos anos iniciais do ensino fundamental, o PIS acrescentou a essa perspectiva o olhar para o entorno maior, o olhar cidadão – para a atuação das crianças na promoção de mudanças sociais. Então, as crianças são convidadas a observar a realidade próxima elas, a própria escola, a família, o bairro, as demandas sociais mais prementes (ex: pandemia, autismo, câncer de mama, pessoas em situação de vulnerabilidade) e criar uma ação efetiva que possa agir sobre a situação identificada.
Depois de concluir as intervenções, a sensação que se nota no olhar e no sorriso de cada uma das crianças, percebendo que tiveram uma ação efetiva sobre um problema e que promoveram o bem-estar das pessoas é indescritível. Eles se sentem fortalecidos, se sentem empoderados e começam a olhar para a realidade social de uma maneira diferente, de uma maneira ativa em que eles percebem que podem agir e podem promover mudanças.
Os desafios da educação contemporânea se tornam cada vez maiores. A pandemia trouxe à tona fortemente uma questão que já habitava os espaços da escola. As crianças e jovens sofreram os efeitos do isolamento social e lidar com as questões emocionais demanda um suporte adulto, a garantia de um espaço para essas questões no ambiente escolar.
Apoiar as crianças para que possam desenvolver habilidades para lidar com as exigências do tempo presente e futuro, pede que a escola disponibilize vivências plurais, como, negociação, comunicação assertiva, discussão de regras, reconhecimento de ansiedades, angústias e medos, identificação de pontos fortes e fragilidades, fazer escolhas, agir com empatia e resiliência. Contribuindo para o desenvolvimento da criança. A felicidade e o bem-estar das crianças e jovens dependem de uma educação emocional adequada. Se aprendem a viver com suas emoções e sentimentos, serão pessoas mais plenas, autônomas, responsáveis e alegres, benefício para si, por extensão, benefício de toda uma comunidade.
É educar bem e educar para o bem. A educação Marista é pautada em uma proposta pedagógica que contempla todas as dimensões do ser humano, na perspectiva de excelência acadêmica e formação integral, pela cultura da paz e da solidariedade.
Acreditamos no potencial de cada um de nossos alunos, entendendo que são capazes de aprender a aprender, de construir seus projetos de vida e agir em função de concretizá-los, desde pequenos, sentindo-se fortalecidos e amparados pelos docentes, equipe pedagógica e pela sintonia entre escola e família, alicerces parceiros no processo educativo.
Somos uma rede que preza pela tradição, por sua história construída, mas sempre atenta às mudanças, mantendo-se atual por meio da incorporação das novas metodologias, tecnologias e processos inovadores que falem direto com as gerações que habitam os espaços de suas unidades.
O projeto Interioridade prevê a educação da dimensão humana, estimulando a capacidade das crianças de se reconhecerem e se relacionarem consigo mesmas e com os outros. Por meio de de atividades, em que exercitem a calma e a atenção a si e ao que sentem, se entende que irão aprendendo a olhar para dentro de si mesmas e a compreenderem seus pensamentos e sentimentos.
Isso vai dar a elas um maior bem-estar, mais felicidade e uma melhor autonomia e responsabilidade. A felicidade e o bem-estar das crianças e jovens dependem de uma educação emocional adequada. Se aprendem a viver com suas emoções e sentimentos, serão pessoas mais plenas, autônomas, responsáveis e alegres, benefício para si, por extensão, benefício de toda uma comunidade.
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