A notícia que viralizou na tarde de ontem, 26 de novembro, teve um desfecho que ninguém esperava:o cearense Antônio Carlos da Silva, que procurava pela família biológica há 27 anos, foi vítima de um golpe. O motorista acreditava ter encontrado o irmão, Clécio, que acabou tendo a identidade desmascarada por um amigo. Assim, o jovem segue tentando encontrar os parentes verdadeiros.
Clécio admitiu a mentira através de um áudio pedindo “desculpas” por ter inventado a história. Segundo ele, “não sabia o motivo” de ter iludido Carlos. A revelação aconteceu depois que um parente do suposto irmão disse que estava desconfiado da situação e informou um amigo do motorista. As informações são do G1.
“Eu só tenho que pedir perdão. Me desculpa. Não era pra eu ter feito isso não. Não sem nem onde boto essa cara. Estou tentando falar com o Bernardo, mas não estou conseguindo”, disse Clécio, em áudio.
Bernardo Rosemeyer é pai adotivo de Carlos e disse que não recebeu nenhuma ligação do falso irmão do cearense.“Ficamos todos estarrecidos. Ele fez chamadas de vídeo com a gente, conversou, mostramos nossa família, ele mandou fotos dos irmãos, disse que já tinha falado para eles que o Carlos estava vivo, depois que viu o panfleto e ligou pra gente. Esse rapaz brincou com as esperanças do meu filho”, afirmou.
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Antônio acreditava ter encontrado o irmão enquanto distribuía panfletos
Antônio Carlos da Silva, de 32 anos, mora em Fortaleza, no Ceará, e fugiu de casa aos 5 anos após ver a parente, Geane da Silva, sendo violentada pelo padastro, em 1993.Naquela noite, ele se escondeu dentro de um ônibus na rodoviária local e acabou dormindo no veículo. Ao acordar, estava em Fortaleza.
Segundo informações do G1, o jovem sempre quis ver a família biológica e foi incentivado por um amigo a começar a distribuir panfletos com fotos antigas, em busca de alguém que o reconhecesse.“Eu fui entregando panfletos nas cidades. Posto de gasolina, recepção de hotel, churrascaria, e também coloquei nas redes sociais”, disse ele. Um dos anúncios acabou indo parar nas mãos de Clécio, um enfermeiro que percebeu algumas semelhanças entre as fotos e a descrição do irmão que a mãe contava quando era criança.
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