
Uma pesquisa, publicada na revista cientifica americana Journal of the American Medical Association (Jama), informou que após realizarem testes, quatro profissionais da saúde chineses foram diagnosticados com positivo para o novo coronavírus, pela segunda vez, após terem recebido alta.
Atendidos pelo hospital da Universidade de Wuhan, local onde ocorre o epicentro da doença, o estudo explica que o vírus pode permanecer por ainda mais tempo no organismo do que se podia imaginar. No Japão, uma mulher que também havia recebido alta foi diagnosticada e voltou a ter o COVID-19.
Dos quatro pacientes, apenas um foi mantido em isolamento, pois a presença do vírus foi dada como negativo nos outros três. Com isso, outros funcionários e familiares foram convidados a manterem o isolamento por pelo menos cinco dias e após a realização de mais testes, houve o retorno do positivo, apresentando a contaminação. A diferença para a segunda infecção foi que desta vez, não houveram sintomas.

De acordo com os relatos dos pacientes, durante os cinco dias que ficaram em casa, nenhum teve contato com alguém infectado. Os pesquisadores sugerem que os testes sejam refeitos com os pacientes que não sejam profissionais da área da saúde e que tenham manifestado sintomas graves da doença.
Em entrevista à Folha de São Paulo, para Amílcar Tanuri, professor titular do departamento de genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é preciso ficar de olho em falsos negativos, pois os sinais de presença do COVID-19 podem ser ampliados e deixar resquícios da infecção anterior.
“O que está mostrando aí é que os pacientes de recuperaram clinicamente, mas tinham vírus na secreção. Isso é uma preocupação para o controle da doença, porque essas pessoas podem continuar infecciosas”, afirmou Amílcar. Ainda de acordo com o professor, se for comprovado que pacientes com reaparecimento da doença infectem outras pessoas, pode ser uma justificativa para o aumento do tempo de quarentena.
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