Publicado em 31/07/2019, às 15h21 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h27 por Yulia Serra, Filha de Suzimar e Leopoldo
Quando nasce um filho, também nasce uma mãe e junto dela novos sonhos e interesses. Nessa nova fase da vida, as mudanças fazem parte do cotidiano e uma bastante comum é em relação ao trabalho. Uma vez que 48% das mães ficam desempregadas após um ano do nascimento dos filhos e que 62% das empresas brasileiras têm restrição para contratar mulheres com filhos, empreender é uma saída.
Não à toa 75% das empreendedoras criam um negócio próprio depois da maternidade. O Projeto Nascer de Novo, vem a encontro desse movimento. Em parceria com a Brascol, com o objetivo de valorizar o empreendedorismo materno. Recolhemos por seis meses histórias destas mulheres. Foram muitos relatos de todas as partes do Brasil. Queremos continuar inspirando outras mães a tirarem seus projetos, ideias e planos do papel.
Para finalizar com chave de ouro a primeira fase do projeto, nada mais do que justo que fazer um evento de confraternização. Foi exatamente isso que aconteceu nesta terça-feira (30) na Expo Brascol Kids.
Evento cheio de especialistas feras
Reunimos uma bancada de empreendedoras feras para dar dicas, conselhos e contar um pouco da experiência conciliando carreira e maternidade. Elas falaram sobre os erros, acertos e todas as curvas do caminho.
Ana Verúcia, mãe de Gabriela, Gabriel e Giovanna, enfatizou o fato da Brascol ser uma empresa familiar e ter como meta apoiar histórias iguais a sua. “A Brascol tem 30 anos de mercado e tínhamos muitos homens fazendo compras. Hoje, temos casais ou mulheres. Elas deixaram de ficar na sombra deles. Foi uma libertação”, comemorou a gerente comercial da empresa.
Já Carol Sandler, mãe de Beatriz, e fundadora do Finanças Femininas ressaltou que as mulheres não apenas precisam, mas devem ter o controle do dinheiro para que o negócio possa prosperar. A colunista da Pais&Filhos lembra a necessidade de saber o quanto gasta e com o que se gasta e das diferenças da relação do dinheiro entre homens e mulheres: “Eles querem poder. Nós queremos ter uma escolha”.
A criadora da REDEDOTS, Kuki Bailly, falou sobre as dificuldades que as mães enfrentam no mercado de trabalho e de como se viram nos trinta para dar conta de todas as funções. A mãe de Jasmin vê o empreendedorismo como uma alternativa. “Para mim, é uma maneira de expressar uma paixão que você tem. É se libertar de um sistema, ter qualidade de vida com a família e realizar sonhos”, opinou.
Para completar esse time incrível, convidamos a fundadora da Rede Mulher Empreendedora e eleita pela Forbes uma das mulheres mais poderosas do Brasil. Ana Fontes destacou que empreender é uma jornada e não uma corrida de curta distância. “O desafio do empreendedorismo é encontrar algo que você gosta de fazer e as pessoas queiram pagar”, afirmou. A mãe de Daniela e Evelyn finalizou dizendo que sucesso é uma medida individual. Não tem certo ou errado, mas cada um tem a sua.
Elas levantaram o crescimento do empreendedorismo feminino e da força que a mulher mostrou nesses últimos anos, que é refletido nos dados já que cerca de metade deles são sustentados por uma mulher no Brasil. O bate-papo foi mediado pela nossa editora executiva, Andressa Simonini. A filha de Branca Helena e Igor concordou com Ana Fontes e completou: “Sucesso para mim é estar ao lado de vocês falando para todas essas mulheres”.
É para comemorar mesmo
Para finalizar o dia, convidamos as 10 selecionadas do projeto para receber R$ 10 mil em lotes de produtos para apresentar a loja ao público e contar o que pretende fazer com o prêmio.
Priscila Pereira, mãe da Maria Beatriz e do João Gabriel lembrou dos desafios que a mãe enfrentou após sofrer um acidente de carro e ser aposentada por invalidez. O nascimento dos netos deu vida a avó e ela passou a costurar peças temáticas para eles. Assim, o trabalho cresceu e se materializou no Ateliê da Zô. Priscila quer se juntar a mãe agora e com a ajuda financeira pretende expandir os produtos com roupas de mesversário e datas comemorativas.
Tatiana Furiate precisou parar de trabalhar quando teve uma gestação de risco. Esse período permitiu que ela começasse a vender saída de maternidade. O negócio deu tão certo que montou uma loja física. Recentemente, o espaço foi assaltado e ela perdeu tudo. Esse prêmio é uma segunda chance para a mãe de Julia, Arthur e Hadassa que quer reconstruir a Mundo Gestante.
Márcia Guerreiro tem quatro filhos, Thiago, Tainah, Clara e Júlia, e decidiu viver a maternidade intensamente. Lá no fundo, ela tinha o desejo de empreender, mas o sonho só saiu do papel quando se uniu a filha mais velha, Tainah, apaixonada por moda. Juntas, abriram a loja MiniSoul, trazendo estampas exclusivas e roupas com muita cor. Para quem já pensou em desistir, esse incentivo financeiro vem para consolidar que está no caminho certo e ela quer continuar se reinventando.
A mãe do Giuseppe teve uma experiência bastante comum entre as mães. Procurando roupas para o filho, não encontrava nada que agradasse, por isso decidiu fazer essas peças com as próprias mãos. Em um primeiro momento, Dalila Foschiani conciliou com o emprego fixo, mas ficou puxado e ela decidiu se arriscar. A Candinha Pula Corda lança diversas coleções temáticas com muita interatividade e cor e com os itens da Brascol, ela quer aumentar esse leque.
Bárbara Manoel, mãe de Valentina, também passou por uma situação delicada. Por conta das dificuldades que passou para conseguir engravidar, decidiu deixar a empresa após o fim da licença-maternidade. Ela se sentia culpada por ficar tanto tempo longe da filha e viu no empreendedorismo a chance de ter maior flexibilidade de horário. A loja virtual Mon Soleil Kids é jovem e usará o prêmio para crescer.
Camila Toyama teve a ajuda de outras duas mães para abrir a 3 Batutinhas. A mãe do Marvim conheceu as mulheres em um grupo de rede de apoio materna e viver a gestação na mesma época despertou sentimentos comuns, um deles em relação ao trabalho. Elas não queriam mais a rotina de 12h longe dos filhos. Com muita dedicação, confeccionam bodies e camisetas e querem, agora, aumentar as opções de produtos com calças e calçados.
A Boutique Meus Pequenos surgiu de uma ideia de Thais Conterno. A mãe do Gustavo decidiu se desligar do trabalho e descobriu a gravidez enquanto procurava um novo. Sem conseguir recolocação, o caminho foi empreender. Ela começou com a ajuda de uma amiga até decidir criar a própria loja. Thais sempre namorou o site da Brascol e agora poderá usar essas peças para aumentar o estoque e crescer.
Com muitos anos de empresa e sendo bem avaliada pelos gestores, Daniela Almeida viu a vida mudar após a maternidade. A mãe de Lara conta que sofreu assédio moral e entrou no quadro de depressão. Em acordo com o marido, se demitiu e neste ano está abrindo a loja Framboesa for Kids – Roupas e Acessórios Infantis. Ela esteve presente em outras Expo Brascol e está sempre buscando se atualizar, agora, poderá fazer isso com os itens da atacadista.
Danielle Santos teve uma gestação de risco e a filha nasceu prematura. Enquanto estava de licença, o marido foi demitido da empresa e ela sabia que não seria feliz retornando para o emprego fixo. Corajosa, pediu o desligamento, pegou R$ 400,00 e foi para o Brás comprar roupas infantis. As vendas que começaram com WhatsApp funcionaram tanto que se expandiram para uma loja virtual. A Mundo Baby Cia crescerá ainda mais com esse prêmio.
A última a se apresentar foi Rosiane Tavares, que se emocionou contando a história. Quando a filha nasceu, teve dificuldade para encontrar laços. Assim, viu a oportunidade de criar uma loja disso. A Laços Manu Baby tem clientes no Brasil todo e já vendeu para Argentina, Portugal e Estados Unidos. A mãe da Manuela e do João quer montar looks completos, combinando com os acessórios que já produz, para continuar fazendo o que ama.
É mais do que empreender
É uma realização, que vai além do profissional. Essas mulheres representam a história de tantas outras que não se sentem representadas ou felizes no mercado de trabalho tradicional. No Brasil, as mulheres recebem, em média, 77,5% do salário dos homens e o cenário é ainda pior para quem engravida, já que mães ganham até 40% a menos que mulheres sem filho.
Por isso, Ana Fontes diz: “É muito importante ter projetos como esse que apoiam as mulheres nesse momento da maternidade para a gente ter cada vez mais uma sociedade menos desigual”. Valorizar o empreendedorismo é valorizar também a liberdade de escolha e opções. Seja por não querer ou não poder deixar os filhos sozinhos, acaba por ser uma saída atraente.
Se você está lendo esse texto e também tem esse sonho, siga firme. Não é fácil e nem simples, mas é possível. O Nascer de Novo, em parceria com a Brascol, quer empoderar e encorajar muitas outras mulheres a ser o que quiserem. Agradecemos a todas as participantes que fizeram desse projeto, uma realidade. “Empreender é uma troca”, constatou Andressa Simonini durante a conversa e nós queremos que essa troca por muito mais tempo.
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