Na manhã desta segunda-feira, um jovem de 21 anos entrou em uma escola de Cambé, no Paraná e efetuou disparos contra os alunos deixando uma morta e outro gravemente ferido.
Segundo a polícia, o jovem era ex-aluno do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, e foi até a unidade de ensino por volta das 9h30 minutos para segundo ele, solicitar o histórico escolar.

No momento do tiroteio os alunos estavam no intervalo e os disparos atingiram uma aluna de 15 anos, que acabou morrendo vítima do ataque, e outro aluno ficou com ferimentos na região da cabeça e foi encaminhado para o hospital em estado grave.

Um funcionário da escola conteve o atirador preso em flagrante assim que a polícia chegou no local. Na mochila dele, os policiais também encontraram um machado. Após a apreensão, os investigadores recolheram as câmeras de segurança do colégio.
Como falar com meu filho sobre os ataques em escolas?
Antes de qualquer conversa é importante que os pais também acolham seus próprios sentimentos. Sandra Dedeschi, pedagoga, mestre em Psicologia Educacional e autora e assessora pedagógica da Semente Educação, fala sobre a importância de adultos conversarem com parceiros ou pessoas de confiança sobre o que estão sentindo. “Só assim é possível acolher as crianças, sem reforçar ou até mesmo potencializar as emoções desagradáveis que naturalmente estão presentes nesse contexto, como medo, ansiedade e angústia”.
Em casa, Roberta afirma que o primeiro passo é dar abertura para que os filhos coloquem suas dúvidas, falem sobre seus medos e compartilhem aquilo que ouviram lá fora ou através da tecnologia. “Validar o sentimento de medo, ou qualquer outra emoção que a criança expuser é fundamental para que ela possa reencontrar o equilíbrio e sentimento de segurança”.

Depois de ouvir, é o momento de se colocar. “Diga que você está, junto com a escola e os outros pais, cuidando para que todas as crianças possam ficar tranquilas e seguras. Encerrar a conversa com uma fala positiva, do tipo ‘vai ficar tudo bem’ ou lembrando de algum personagem de quem a criança goste e que tenha superado um desafio ajuda a aliviar a pressão que seu filho possa estar enfrentando”, aconselha ela.
A psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento Helen Mavichian alerta que durante a conversa é preciso ser realista e não mentir, mas sempre manejando a forma como é falado, lembrando que crianças muito pequenas não conseguem processar informações complexas.
“Não devemos sobrecarregar a criança com informações que ela não consiga processar e gerem angústias desnecessárias. O assunto deve ser abordado conforme as dúvidas surgirem, não traga esse assunto às crianças se não surgir a demanda”. Veja a matéria completa.
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Vacina é um tema tão essencial que, pela primeira vez, a Pais&Filhos se uniu ao Ministério da Saúde e Crescer nessa causa. Estamos juntos para conscientizar a população sobre a importância da imunização contra a gripe e estimular a vacinação, com foco nos grupos prioritários