
Uma família foi surpreendida pelo banco que eles são clientes e a história deles está viralizando. Talita Militão e Rafael Salvador adotaram Danilo, de 12 anos, e queriam que o menino se sentisse parte da família, então eles pediram que o banco enviasse um cartão com o novo sobrenome da criança.
Talita fez um post no Facebook explicando como tudo aconteceu. Ela diz que Danilo está com eles há seis meses, mas que os documentos oficiais do menino ainda não estão prontos. Então que Talita e Rafael quiseram dar um cartão com o nome da nova família para ele.

“Ainda não recebemos a nova documentação dele, mas ele queria um cartão que tivesse seu novo sobrenome. Foi aí que entramos em contato com o Banco do Brasil e fizemos a solicitação de um cartão mesada constando o nome afetivo do nosso filho”, contou.
A equipe do banco deu um jeitinho para que pudessem realizar o desejo de Danilo, Talita e Rafael. “Dias depois tivemos a resposta positiva: até aquele momento não existia no sistema… mas eles criaram uma forma para responder ao nosso pedido! Em menos de duas semanas recebemos o cartão do nosso filho com seu novo sobrenome. Vocês nem imaginam a felicidade dele”.
Ela ainda postou que o menino ganhou alguns mimos do banco e que ela já recebeu uma carta explicando que a ideia dela fez com que a equipe do BB vai se unir para fazer que mais família como a dela também possam ter essa emoção.
Adoção tardia
Dados da Corregedoria Nacional de Justiça mostram que o número de pessoas dispostas a adotar crianças com cinco anos ou mais, está cada vez maior. Há dez anos atrás, esse número era de 30% e hoje, 46% das pessoas na fila de adoção se colocam a disposição de ficar com crianças mais velhas.
Em 2018, apenas 650 crianças com mais de 5 anos foram adotadas. Esses 46% trazem um pouco mais de esperança para essas crianças. Afinal, 76% das crianças cadastradas nos abrigos, tem mais de cinco anos. Mas Suzana Schettini, diretora de relações públicas da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, disse ao G1 que essas famílias necessitam de mais apoio do que as outras.
““É preciso oferecer para a família adotiva um núcleo de apoio no pós-adoção, porque elas são naturalmente mais complexas, mais difíceis. As crianças têm suas histórias, suas demandas. Então, esse suporte é necessário. E cada vez mais esses pretendentes se sentem acolhidos e seguros para o ato”
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