Uma médica da Unidade de Pronto Atendimento de Ribeirão das Neves, em Belo Horizonte, foi acusada de cometer racismo com um paciente de 62 anos. A filha do paciente falou que a médica disse que o pai dela tinha que “tomar chibatadas”.
A situação aconteceu na última segunda-feira, 20 de junho. A filha, de 29 anos, contou para o portal BHAZ que o pai estava em observação no hospital na ala de urgência. Ela conta que o pai falou na consulta que tomava remédios para pressão de manhã e no período da tarde esquecia em alguns dias.
Foi aí que a médica passou a mão na pele do homem e disse que ele “merecia tomar chibatadas por não tomar a medicação da maneira correta”. Além disso, a filha afirma que gravou a conversa e que a médica também falou sobre a cor da pele dele.
“Senhor, negro não é igual branco. A pele do negro, igual à do senhor, a tendência é coração explodir. Olha, eu sou branca e o senhor é negro. Essa pele é diferente”, falou a médica. A filha do paciente chamou a polícia militar após a consulta.

O que a médica disse
Segundo a Polícia Militar, a médica falou que foi ameaçada pela filha do paciente e não teve nenhuma fala de racismo. A profissional também disse que mencionou a raça do paciente pois segundo ela, as pessoas negras tem maior dificuldade de controlar a hipertensão.
Ela também tentou justificar a fala das chibatadas, falando que a vida dá “bordoadas” é que o paciente poderia ter complicações graves. O caso foi registrado como injúria racial.