Giselly Cristina de Oliveira, de 41 anos, tinha apenas o nome da mãe no registro de nascimento, mas isso mudou. Diante da pandemia da covid-19, a mulher começou a se questionar se o pai ainda estaria vivo e decidiu ir atrás de fato.

Em abril, com ajuda de um conhecido em comum com o pai, que foi treinador de futebol do filho, Giselly conseguiu finalmente reencontar José Antônio Moraes Caiçara da Silva. Através de pesquisas, acharam o homem de 63 anos.
Em 30 de abril, a esposa do pai ligou para a mãe de Giselly dizendo que queria encontrar a mulher. “Eu nem acreditei. A gente teve esse reencontro por telefone, depois a gente se encontrou pessoalmente. Eu imaginava que nem vivo ele estava mais, não tinha nenhuma pista. Ali começou uma nova história”, desabafou Giselly ao G1.
Tanto o pai quanto a filha mostraram ansiedade pelo encontro, que aconteceu em Goiânia, mas tudo correu bem. A mulher afirma que o passado ficou no passado e agora estão ansiosos pelo futuro: “Não tem mágoa, não tem cobrança. Eu tinha comigo que tinha que realizar esse sonho de conhecer meu pai”.

José completou: “Eu tenho outro casal de filhos, mas não tinha netos. Ela já me trouxe dois de presente, graças a Deus. Bom demais! Fiquei muito feliz”. Ele se mostrou orgulhoso de quem a filha se tornou e contou que pretende mudar a realidade: “De agora em diante, eu pretendo estar presente na vida dela. Não vou conseguir resgatar o tempo da infância, adolescência, juventude e da vida adulta que ela já tem, mas a vida não é perfeita. A gente amadurece. Creio que posso fazer muito por ela no sentido afetivo, principalmente”.
Nesta terça-feira (06), além do nome da mãe no registro de nascimento, a filha também incluiu os sobrenomes do pai: Moraes Caiçara.