Jordyn O’Neil de Michigan, Estados Unidos, contou com uma ajuda especial para reencontrar o pai biológico depois de 20 anos separados. Tudo aconteceu com o apoio de desconhecidos do Facebook que possibilitaram um primeiro contato por telefone e depois presencialmente.
A mulher conta que apesar de ter nascido em Michigan, mesmo estado que o pai biológico mora, ela cresceu no Alabama, pois sua mãe a levou para lá ainda bebê e depois quando estava com aproximadamente um ano, a deixou com os avós no Texas. “Minha mãe me levou para o Texas quando eu tinha cerca de oito meses e, quando eu tinha cerca de um ano, ela me levou para a casa da minha avó no Alabama, me deixou e disse: ‘Cansei de ser mãe. Aqui está ela.’ Foi então que minha avó e seu marido passaram pela adoção total comigo”, disse Jordyn ao Good Morning America.
Ela continua o relato dizendo por que resolveu procurar pelo pai somente em 2020 após a morte da avó, que foi responsável pela sua criação. “Depois que ela faleceu, comecei a procurar por familiares ou qualquer pessoa que quisesse saber de sua morte. Ela era tudo para mim e depois de perdê-la, [foi] muito difícil. Então, eu queria saber quem mais eu tinha deixado, tanto quanto meu pai e talvez seu lado da família, pensando, eu poderia contar com eles para obter apoio e apenas tê-los de volta em minha vida”, disse a mulher.
Jordyn tinha poucas informações sobre seu verdadeiro pai, o que dificultou a busca na internet por não saber onde ele morava e muito menos o nome dele. Até que em uma conversa com o namorado, ele teve a ideia de realizar um teste de DNA ancestral para ela formar sua árvore genealógica. Para isso ela precisou de algumas informações cedidas pela tia-avó que sabia o nome do pai biológico e tinha algumas fotos antigas guardadas pela mãe dela.
Juntando todas as informações que conseguiu, Jordyn fez uma publicação em um grupo local do Facebook. “[O post no Facebook] explodiu. Tantas pessoas o conheciam. Eles estavam me enviando mensagens com seu número de telefone, seu endereço. Eu estava tremendo, tipo, eu estava nervosa. Eu queria vomitar. Tinha tantas emoções passando pela minha cabeça como, ‘Oh, meu Deus, finalmente é isso. Tipo, eu o encontrei.”, contou ela sobre a reação ao ver a repercussão na rede social.
O pai, Brian Ahern, de 65 anos, também conversou com o Good Morning America, sobre a sua versão da história, já que ficou 20 anos afastado da única filha. Ele conta que nunca deixou de pensar nela e tinha o sonho de encontrá-la, pois a viu pela última vez em 1998 e conviveu por pouco tempo: “Eu a tive nos primeiros oito meses e depois a mãe dela também esteve envolvida nesses oito meses, não me interpretem mal. Então a mãe dela acabou de chegar, acabei de trocar as fraldas dela, a mãe dela veio, agarrou-a e disse: ‘Estou me mudando para o Texas’. E foi a última vez que a vi. Eu conversei com ela algumas vezes, talvez no primeiro ano em que ela disse que manteria contato e então ela simplesmente perdeu totalmente o contato comigo. O número dela foi alterado. Não consegui falar com ela e isso continuou por tanto tempo e sempre pensei em Jordyn. Rezei para tê-la de volta em minha vida”, contou o pai.
No primeiro encontro, pai e filha já ‘sabiam’ que eram da mesma família desde o primeiro contato. “Eu saí do carro e olhei para ele e pensei, ‘Uau, eu pareço com ele.’ Sim, ele se parece comigo, com certeza. Acho que nós dois meio que ficamos sentados olhando um para o outro, tipo, absorvendo isso”, lembrou Jordyn.
Jordyn e Brian contam que se falam sempre depois do reencontro, a filha diz estar surpresa com a nova fase que vive e agradece aos ‘estranhos’ do Facebook que a ajudaram a encontrar o pai. “Ser capaz de pegar o telefone e dizer ‘Ei, pai’ é surreal. Essas pessoas não precisavam compartilhar nada comigo. Eles não precisam ser amorosos e solidários, mas foram e meu coração realmente está com essas pessoas. Tem sido uma jornada incrível e eu não poderia estar mais agradecida”, agradeceu ela.
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