A gravidez não planejada chegou de surpresa para Alexsandra de Souza da Silva, de 22 anos, no início do ano. O susto foi ainda maior, quando ela descobriu que seria mãe de quatro meninas. O nascimento de Ester, Sophia, Laura e Giovanna no Rio de Janeiro é considerado um caso raro pela equipe médica e acontece um a cada 700 mil e 1 milhão de gestações. “Fiquei assustada, com medo, chorava muito, mas aos poucos fui aceitando a ideia. Até dois bebês eu achava que seria possível, porque tem gêmeos na família do meu pai, da minha mãe e por parte da família do pai das meninas também. Mas quatro eu não esperava. Foi um susto, fiquei com bastante medo, achei que não iria conseguir dar conta do recado”, disse ela ao Universa.

Alexsandra e o namorado estavam juntos há apenas cinco meses e também focados nos estudos. Ele é estudante de educação física, ela é de Recursos Humanos, Contabilidade e trabalhava como operadora comercial em uma grande empresa varejista. A graduação precisou ser interrompida após a notícia da gravidez e imediatamente, ela foi afastada do trabalho por ser grupo de risco. “Foram 31 semanas de gravidez. No início eu cheguei a ser internada por desidratação, de tanto que eu vomitava. Nada parava no meu estômago. Essa fase foi muito difícil. Sou asmática, grupo de risco e meu maior medo era de não conseguir aguentar a gestação e passar mal”, conta Alexsandra.

Sophia Victoria Pacheco, Ester Victoria Pacheco, Laura Victoria Pacheco e Giovanna Victoria Pacheco nasceram de 31 semanas, no dia 25 de julho, de parto cesárea e não precisaram fazer uso de ventilação mecânica e nem de antibióticos. As meninas saíram do suporte com oxigênio até o oitavo dia de vida. “Elas estão bem e chegaram em casa há duas semanas. Em questão do parto correu tudo bem. Tive pré-eclâmpsia (pressão alta) e cheguei a ficar 24 horas no sofá, porque não podia deitar. Estavam todos bem preocupados comigo. Precisei ser internada duas semanas antes do parto, até que no dia que completei 31 semanas de gestação, a bolsa rompeu”.
Morando sozinha, em Inhaúma, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, a mãe passou a gestação longe dos pais, que moram em Minas Gerais. Para não ficar totalmente sozinha, ela se mudou para a casa da sogra, no Morro da Formiga, na Tijuca. Mesmo separada do pai das quadrigêmeas, ela vem recebendo apoio do ex, da avó das meninas, das amigas e madrinhas. Ao longo da gestação ela também recebeu presentes e doações de ONGs e igrejas.

“O pai das meninas é bastante presente, participa, acorda de madrugada. Eu sempre tive apoio desde a primeira consulta, nunca fiquei sozinha. Os médicos ficaram maravilhados com a minha gestação. Ninguém sabe explicar o que houve. Da primeira bebê para a última foram 5 dias de diferença. Eu ovulei quatro vezes”.










