De 31 de outubro a 2 de novembro, Foz do Iguaçu se transforma no centro do jazz com a primeira edição do 100fronteiras Jazz Festival, no Mercado Público Barrageiro. Serão 24 horas de programação gratuita, distribuídas em dois dias de festival aberto à comunidade, com shows, experiências sensoriais e grandes nomes da música.
O evento marca um novo momento para o movimento cultural que começou há quatro anos com o 100fronteiras Jazz Night, e agora se amplia com o propósito de democratizar o acesso à cultura na Tríplice Fronteira.
A abertura oficial acontece na sexta-feira, 31 de outubro, com a tradicional noite de gala no Sanma Hotel, reconhecida como evento oficial do município. O encontro, em formato intimista, reúne apoiadores e amantes do jazz e serve como propulsor para os dois dias seguintes de programação gratuita, que ocorrem das 10h às 22h, no sábado (1/11) e domingo (2/11), no Mercado Público Barrageiro.
Robin Banerjee, guitarrista de Amy Winehouse, é atração confirmada
Entre os destaques, o festival recebe Robin Banerjee, guitarrista que acompanhou Amy Winehouse na era “Back to Black”, que fará um tributo à cantora britânica ao lado de Tina e da banda Side B.
O evento também contará com o contrabaixista Celso Pixinga, ícone do jazz brasileiro, que se apresenta com Henrique Mota e Igor Willcox no formato “Quase Acústico”. Outro nome de peso é o DJ e produtor Isaac Varzim, que soma mais de 25 anos de carreira e 150 mil seguidores no YouTube, com um repertório que mistura jazz, funk e grooves brasileiros.
Completam a programação grupos da cena local, como 4jazz, Jazz do Iguaçu, Jazzcare Trio, Frontezz, Herencia Latina e Três Tons de Jazz, reforçando a diversidade musical da região.
“Mais do que música, é um movimento pela união”
“Este festival é a realização de um sonho: democratizar a cultura e criar encontros verdadeiros entre as pessoas da nossa comunidade. Eu acredito que é nessa troca de energias que nos tornamos seres humanos melhores, capazes de contribuir mais com as mudanças que queremos ver ao nosso redor”, afirma Denys Alex Fretes Grellmann, presidente do Instituto 100fronteiras.

Ele completa: “O jazz, por sua essência, abraça a diversidade — e isso tem tudo a ver com as mais de 95 nacionalidades que vivem em Foz do Iguaçu e convivem em paz. Mais do que música, este é um movimento para celebrar a amizade e a união entre Argentina, Brasil e Paraguai.”
A escolha do Mercado Público Barrageiro reforça essa proposta, ocupando um espaço histórico da cidade com música, gastronomia e atividades para todas as idades.
Ação solidária e compromisso com a comunidade
Durante os dois dias de evento gratuito, o público é convidado a participar de uma ação solidária, doando 1kg de alimento não perecível. As arrecadações serão destinadas ao projeto “Um Chute para o Futuro”, liderado pelo professor Ronaldo Cáceres, que atende crianças e jovens em situação de vulnerabilidade por meio do esporte e da educação em Foz do Iguaçu.
O 100fronteiras Jazz Festival é uma realização do Instituto 100fronteiras e do Mercado Público Barrageiro, com participação da Secretaria de Turismo do Estado do Paraná, Parque das Aves e Lote Grande. O evento conta com mídia parceira da RPC TV, patrocínio do Sesc/PR, apoio cultural da Secretaria Municipal de Foz do Iguaçu, patrocínio da Sanepar e Visit Iguassu, além de parceiros como Fecomércio/PR, Senac/PR, Fundação Cultural de Foz do Iguaçu e organização do Portal 100fronteiras.com.
Foz do Iguaçu no mapa mundial do jazz
Em abril deste ano, Foz do Iguaçu foi representada no International Jazz Day da UNESCO por meio do projeto 100fronteiras, consolidando a cidade no circuito internacional do gênero. Agora, com o festival ampliado, a expectativa é receber cerca de 3.500 pessoas nos três dias de evento, incluindo moradores da região e turistas em busca de experiências culturais autênticas.
Lançamento de ebook e valorização da história local
O festival também valoriza o aspecto educativo e histórico da região com o lançamento do ebook “Antes de Santos Dumont: Relatos das Cataratas do Iguaçu (1542–1916)”, do historiador Micael Alvino da Silva. A obra, resultado da cooperação entre o Instituto 100fronteiras e a Unila, resgata registros raros sobre a formação da identidade regional.









