Fugini admite uso de ingrediente vencido em ‘pouca quantidade’ após polêmica com Anvisa

Nesta quarta-feira, 29 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, comercialização e distribuição de produtos da marca Fugini. A medida é válida para todo o estoque da fábrica localizada em Monte Alto, São Paulo.

A decisão do órgão surgiu depois da realização da inspeção sanitária feita pela Anvisa, com o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e Vigilância Sanitária Municipal de Monte Alto (SP). Acontece que durante a análise, foram encontradas falhas graves em relação as ‘Boas Práticas de Fabricação’, um parâmetro de qualidade da Anvisa. Essas práticas são ligadas a higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, fora o controle de pragas, rastreabilidade e outros mais.

De acordo com o Diário Oficial da União (DOU), na quinta-feira, 30 de março, o órgão determinou ainda o recolhimento de diversos lotes de maionese da marca. “(A resolução) determina o recolhimento de todas as apresentações da maionese da marca Fugini, com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024. A proibição vale também para todos os lotes que irão vencer em dezembro de 2023, com numeração iniciada por 354”, informa a Anvisa.

Ainda na quinta-feira, a Fugini publicou um pronunciamento, admitindo que usou corante vencido na fabricação da maionese, mas aponta ter sido em percentual pequeno. “Esse lote de produtos foi fabricado com adição do ingrediente urucum (agente natural para dar cor ao produto) que representa 0,003% da formulação que estava fora da sua data de validade”.

A Anvisa determinou que estabelecimentos que tiverem lotes do produto, devolvam à empresa. “Estabelecimentos comerciais e consumidores que tiverem lotes do produto não devem utilizá-los e devem entrar em contato imediato com a empresa Fugini Alimentos Ltda., que deverá realizar seu recolhimento”. De acordo com o órgão, “essas falhas podem impactar na qualidade e segurança do produto final”.

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