Em Curitiba, Eduarda Pompeu, de 20 anos, realizou um exame de sangue para checar a quantidade do hormônio HCG no sangue. Ela não tinha suspeitas de gravidez, já que não sentia nenhum sintoma, mas iria colocar o contraceptivo intrauterino (DIU) e a coleta é parte do procedimento.
O resultado assustou Eduarda, dizia que ela tinha uma gravidez de 4 semanas. Segundo o laudo, se constasse um valor acima de 5, ela estaria grávida, e o resultado exibia 1.050.

A jovem, que faria a inserção do DIU para prevenir uma gestação, ficou desesperada e chegou a passar mal ao ponto de vomitar de nervoso, ficar com falta de ar e aperto no peito.
Foi quando seu pai a deu auxílio e apoio, a acalmou e ela decidiu ligar para a mãe, que é enfermeira. A profissional da saúde a aconselhou a procurar uma segunda opinião e fazer o teste em uma outra clínica.

Ao realizar o novo exame, ela questionou a enfermeira relatando o resultado do exame anterior, e a enfermeira disse: ‘Minha filha, você não tá grávida. Você tá muito grávida”, o que a levou a chorar ainda mais, como contou ao UOL.
Eduarda e uma amiga próxima chegaram a planejar a realização de um chá revelação e elaborar um cronograma de como se revezariam para cuidar da criança: “A vida inteira foi planejada. Fomos a uma loja e comecei a chorar ainda mais quando vi o preço das Barbies”, ela disse.

Contudo, na consulta com a médica que realizaria o procedimento para colocar o DIU, elas viram que na ultrassonografia não haviam imagens que apresentavam indícios de uma gestação e a profissional solicitou um terceiro Beta HCG.
O anterior indicado pela mãe, e o último vieram com um resultado negativo. “Depois que saiu tudo negativo, eu peguei e mostrei para ela, que disse que poderia ter dado algum erro no laboratório”, contou Eduarda.

Com a suspeita de que o seu exame havia sido trocado com o de alguém, ela voltou à primeira clínica e foi informada que um erro de apuração dos dados tinha acontecido.
“A biomédica que fez meu teste falou comigo e disse que meus exames não haviam sido trocados. Houve um erro de laboratório mesmo”, relatou a jovem.

Com a confirmação negativa, Eduarda contou que ficou aliviada: “Eu passei o dia digerindo a notícia e a minha mãe e minha amiga empolgadas com isso. Aí comecei a me acostumar com a ideia. Mas quando veio o resultado negativo, fiquei aliviada — e ao mesmo tempo um pouco triste. Foram muitas emoções para um dia”.
Eduarda procurou uma advogada para tomar medidas legais contra o laboratório: “Fiquei super brava. Foi um absurdo tremendo. Faltei no trabalho, tinha uma entrevista de emprego no dia, que recusei. E no final não era nada”, finalizou.