Neste domingo, 28 de julho, aconteceu a primeira prova de ginástica artística nas Olímpiadas de Paris de 2024. Julia Soares, ginasta brasileira, de 18 anos, se destacou e conquistou uma vaga na final da trave de equilíbrio. Além disso, ela fez uma apresentação macante no solo ao som de “Cheia de Manias” misturado com “Milord”, de Edith Piaf.
Na trave, ela usou seu movimento, o “Soares”, um giro criado para entrada na trave e que foi batizado por ela e pela treinadora ucraniana Iryna Ilyashenko no Pan-Americano de 2021, na Colômbia, abriu a apresentação. Julia Soares fez uma série impecável, com um triplo giro cossaco perfeito, e teve nota 13,800.
LeiaMais
Após sua apresentação, a atleta ganhou mais de 200 mil seguidores e vários elogios ao seu solo. Julia nasceu em Curitiba, no Paraná e tem como maior referência, sua irmã, Giovanna Soares, que foi formada pela Escola de Dança do Teatro Guaira e fazia ballet e ginástica desde pequena. Seguindo os passos da irmã, Julia foi do ballet para a ginástica, e foi encontrando outras inspirações.
Na cidade natal da ginasta, existe o Centro de Excelência em Ginástica do Paraná, que foi casa da ginástica brasileira entre 2001 e 2008. Assim, ainda criança Soares conviveu ali com Daiane dos Santos e Rebeca Andrade, grandes nomes do esporte.
Desde 2018, Julia vem se destacando nas competições. Ela foi o ouro na etapa de Baku da Copa do Mundo de ginástica artística e subiu ao topo do pódio quatro vezes no Sul-Americano. Além da ginástica, Julia tem outra paixão: o violino. “É muito difícil, exige muita técnica, como na ginástica. E muito estudo!”, disse ela em entrevista para o Globo Esporte.
A família de Julia passou por um momento muito delicado nas Olímpiadas. Eles não tinham ingresso para entrar e conseguiram através de uma gentileza do ex-BBB e ex-ginasta Petrix Barbosa, que viu a família do lado de fora com uma placa pedindo ingressos e cedeu um ingresso a irmã que conseguiu estar do lado de Julia na prova da trave.
Em entrevista a coluna Fábia Oliveira, o ginasta se mostrou feliz em ter ajudado: “Tive a honra de poder ajudá-los e ver a emoção da família, que me comoveu muito. Eles assistiram a competição toda ao meu lado e pertinho da trave. E acho que deu sorte! Foi uma honra e sou torcida pra Juju agora também!”, relatou ele.
