Família

Justiça dá liberdade provisória para motorista da van escolar em que menino morreu

(Foto: Reprodução/G1)
(Foto: Reprodução/G1)

Publicado em 15/11/2023, às 16h05 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


A Justiça de São Paulo concedeu nesta quarta-feira, 15 de novembro, liberdade provisória para o motorista e a auxiliar da van escolar em que um menino de dois anos foi esquecido e encontrado morto.

O motorista Flávio Robson Benes, e a sua esposa, auxiliar de transporte escolar, Luciana Coelho Graft, foram acusados de homicídio doloso, pela morte do menino Apollo Gabriel Rodrigues, que foi deixado por eles dentro da van por mais de oito horas, na última terça-feira, 14 de novembro.

apollo gabriel
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O casal passou por audiência de custódia onde foi concedido o benefício de liberdade provisória com a obrigação de seguir algumas medidas cautelares: 

  • comparecimento obrigatório a todos os atos processuais para os quais forem intimados
  • comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades, bem como eventual atualização de endereço;
  • obrigação de manter o endereço atualizado junto à Vara competente (informando imediatamente eventual alteração);
  • proibição de ausentar-se da Comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao Juízo
    recolhimento domiciliar no período noturno (das 22 horas às 6 horas) e nos dias de folga;
  • proibição de manter contato, por qualquer meio, inclusive virtual, com as testemunhas do processos e com familiares da vítima;
  • suspensão do exercício da atividade profissional de transporte escolar de crianças e adolescentes suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, devendo os indiciados entregarem a Carteira Nacional de Habilitação no prazo de 24 horas, tudo sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão.

Entenda o caso

Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, faleceu na última terça-feira, dia 14 de novembro, após ser esquecido dentro de uma van escolar, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo. O menino foi colocado na van por volta das 7h, mas não foi deixado na unidade pelo motorista e auxiliar. À tarde, foi encontrado desacordado no veículo e levado ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no bairro Parque Novo Mundo, por volta das 16h20, mas chegou já sem vida.

A mãe do menino disse que o filho não queria ir para a escola na manhã em que perdeu a vida."Ele estava tão bem hoje (terça-feira, 14 de novembro). Mas quando eu fui por ele na perua ele chorou. Ele chorou. Não queria ir. E ela [auxiliar do motorista] sempre colocava ele na frente, hoje ela colocou ele no banco de trás e esqueceu do meu filho", disse Kaliane Rodrigues em entrevista ao g1.

apollo gabriel
A avó de Apollo alegou que o neto foi vítima de irresponsabilidade (Foto: Reprodução/G1)

A avó de Apollo alegou que o neto foi vítima de irresponsabilidadedo motorista e da auxiliar da van. “Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber (que o menino ainda estava atrás) na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, afirmou Luzinete Rodrigues dos Santos, em entrevista à TV Globo.

Van escolar nas ruas de São Paulo
Apollo foi esquecido dentro da van em um dia de muito calor (Foto: Reprodução/X)

O motorista só percebeu que havia alguém dentro do veículo às 15h30 da tarde, mais de 6 horas depois de Apollo ter entrado. 


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Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que Apollo tenha falecido por conta das altas temperaturas que estão sendo registradas no Estado nos últimos dias. Na terça-feira, a temperatura alcançou a máxima de 37,7°C na capital paulista, a segunda maior nos últimos 80 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.  

Em nota oficial, a Secretaria também informou que o motorista responsável por levar Apollo até a escola foi descredenciado:

“A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado, e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação”, afirmou a secretaria ao Metrópoles.


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