
A alimentação sempre foi e vai ser um assunto que gera muitas discussões, principalmente se estamos falando da dieta de uma criança.
Nos últimos dias as refeições veganas se tornaram assunto de debate entre médicos na Bélgica. Tudo começou quando o responsável pelos direitos da criança consultou a Academia Real de Medicina da Bélgica sobre os riscos que a dieta completamente vegana para os filhos pode causar. A resposta dos médicos foi taxativa: trata-se de “um regime restritivo que implica carências inevitáveis e exige o acompanhamento permanente das crianças para evitar atrasos irreversíveis no crescimento”.
Dieta vegana faz mal ás crianças?
A resposta do órgão belga veio acompanhada por vários depoimentos de seus especialistas, que alertam para casos “gravíssimos” que levam à hospitalização da criança. Os médicos avaliam que, ao seguir uma dieta vegana, as crianças não recebem vitaminas essenciais, como D e B12, cálcio, oligoelementos e outros nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento. “Falamos de atraso de crescimento, atraso psicomotor, desnutrição e anemias importante”, diz Isabelle Thiébaut, pediatra especialista em dietética.
A conclusão do estudo foi clara: o veganismo deve ser proibido para crianças, adolescentes, mulheres grávidas e lactantes. No entanto, a tendência é contrária. Segundo os seus dados, 3% das crianças belgas seguem hoje essa dieta. “O pessoal de saúde enfrenta um verdadeiro dilema ético. Damos alguma liberdade, tentamos explicar aos pais os riscos dessa dieta, mas o que fazer quando acreditamos que mantêm uma atitude perigosa em relação à saúde do filho?”, pergunta o professor Georges Casimir, também pediatra.
Em 2017, um bebê que só foi alimentado com leites vegetais de milho, arroz, aveia e quinoa, veio a falecer por estar abaixo do peso recomendado, já gerou uma primeira polêmica no país sobre a maneira pela qual os pais aplicam dietas veganas aos filhos. “Certos desenvolvimentos devem ser feitos em um momento preciso da vida, e se não forem feitos, é irreversível”, lamentam.
Ao aumentar a quantidade de legumes, os médicos alertam para a crescente presença de potássio e fibras no corpo das crianças. “Quando você é criança, o corpo fabrica células cerebrais, o que implica em necessidades mais importantes de proteínas e ácidos graxos essenciais. O corpo não os produz, é preciso recorrer às proteínas animais”, insistem. Se isso não for feito, os médicos dizem que têm que recorrer à suplementação e realizar exames de sangue frequentes.
Já o maior grupo de nutricionistas do mundo, a Academia Americana de Nutrição e Dietética, defende que uma dieta sem produtos de origem animal é adequada para qualquer etapa da vida, desde que seja feita com planejamento e informação.
Fonte: El País
Leia também:
Absurdo: vídeo mostra médico agredindo mulher grávida durante trabalho de parto
Médico deixa bebê prematura cair de cabeça após o nascimento e vídeo revolta os pais
Saiba o que aconteceu com o médico que agrediu grávida durante parto em vídeo que viralizou