Em um acontecimento na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, uma menina de 11 anos de idade, identificada como Sophia Ângelo Veloso da Silva, foi encontrada sem vida nesta terça-feira, 28 de maio, um dia após ser reportada como desaparecida. O corpo da criança foi localizado em uma lixeira na Rua Berna, na comunidade de Guarabu.
Sophia havia saído de casa na manhã de segunda-feira, 27 de maio, por volta das sete horas da manhã, dirigindo-se à Escola Municipal Belmiro Medeiros, localizada no bairro Moneró. A trajetória que normalmente levaria cerca de 20 minutos a pé não foi concluída pela menina. A ausência da criança só foi percebida por seus familiares por volta das três horas da tarde do mesmo dia, momento em que iniciaram uma busca angustiante retraçando o caminho até a instituição de ensino.

As investigações apontam um suspeito próximo à vítima: o irmão da ex-madrasta de Sophia. Na residência do homem, as autoridades encontraram indícios comprometedores, incluindo uma peça de roupa da menina. Detido e conduzido à delegacia para interrogatório, o suspeito optou pelo silêncio frente às acusações.
Em depoimento, uma sobrinha do suspeito revelou ter sido abus4da por ele anos atrás, aos 16 anos. O caso não chegou a ser denunciado na época, uma decisão influenciada pela preocupação com a avó idosa da família.
A descoberta do paradeiro de Sophia se deu após uma análise detalhada das imagens capturadas por câmeras de segurança de estabelecimentos locais. As gravações evidenciaram a menina sendo acompanhada por um homem no horário em que se dirigia à escola. Este homem foi posteriormente identificado pelos pais da vítima como o principal suspeito.

O pai da menina, Paulo Sérgio da Silva, expressou sua dor e frustração ao mencionar a falta de comunicação por parte da escola sobre a ausência de sua filha e descreveu os momentos agoniantes desde o desaparecimento até a trágica confirmação da m0rte.
“A escola não informou que ela não tinha ido. Então, pensamos que ela estivesse na escola. Ele desviou a minha filha no meio do caminho. Eu o reconheci nas imagens e, a partir daí, eu falei: ‘É o Júnior’. A minha sogra o viu mais cedo em direção do Galeão. Trouxemos todas as informações e, depois, fomos até a casa dele. Ele estava dormindo e um short dela foi encontrado em outra casa”, disse o pai em entrevista ao G1.
“A gente não sabe o que aconteceu. Estou aqui desde ontem e só penso o pior. Não tem como pensar em algo que não seja pior. Ele é meu ex-cunhado. A minha filha é apaixonada pela minha ex-companheira. Não sei o que ele pode ter dito para a minha filha. Esse cara a tirou de mim. Tudo mundo diz que a esperança é a última que morre, mas está difícil”, desabafou o pai.