Priscila Romão, mãe de um menino de 8 anos, fez um desabafo após ele sofrer discriminação racial dentro do local onde mora, na Praia Grande, em São Paulo. Segundo a mulher, a criança ao descer para brincar teria ouvido de um menino de 12 anos que não poderia ficar ali por conta da “cor de pele preta”.

Ainda no relato, ela comentou que a mesma criança teria dito que iria as vias de fato se o menino de 8 anos não fosse embora. Além disso, outra menina de 10 anos teria o chamado de “macaco, negro, horroroso e nojento” e outro menino de 10 anos também afirmou que ele não poderia morar ali por conta do tom de pele.
Ao G1, a mãe contou que o filho, que sempre foi comunicativo, agora está destruído e traumatizado. Por isso, ela decidiu fazer uma denúncia na Justiça na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
“Depois do episódio, o Davi se isolou numa parte escondida do condomínio, onde não tem iluminação nenhuma, e ficou sentado com a cabeça baixa e aos prantos”, relembra Priscila, sobre o caso que aconteceu no dia 13 de fevereiro.
E os efeitos não ficaram restritos ao dia do ocorrido. Segundo a mulher, o filho chora o tempo todo e não tem mais apetite ou vontade de brincar, tendo uma regressão na fala: “Ele sempre falou tudo certinho, mas ficou totalmente gago”.
Ela comentou que a mãe de uma das crianças chegou a questionar o que o Davi teria feito para a filha dela, e de forma “arrogante”, pediu que a menina se desculpasse. “Não consigo aceitar como que ainda existem pessoas na face da terra que conseguem cometer tamanha maldade com uma criança”, disse.










