
Cinco anos após se divorciarem, Dan Pyatt e Kelly Hope passaram por uma situação que os uniram muito mais do que antes. Dan passou doze meses na fila de espera por um doador de rim, porém não teve sucesso. Foi então, que triste com a situação dos pais dos filhos dela, Kelly decidiu fazer o teste para ver se era compatível.
“Lembro dele me dizer: ‘eu não posso pedir isso de você’. Mas eu disse que era minha decisão e que tomaria os riscos conscientemente“, disse ela para o jornal Mirror.
Dan e Kelly começaram a namorar aos 18 anos e se casaram 13 anos depois. Porém, em menos de um ano, Dan ficou doente devido a um tipo agressivo de doença renal. Esperando a segunda filha, os dois foram avisados de que em 10 anos ele precisaria de um transplante. “Mesmo não estando mais juntos há anos, eu não estava preparada para deixar minhas filhas ficarem sem pai”, contou.
Apesar do problema ter sido sério, a esposa explicou que o histórico da doença na família não existia.“Não havia histórico de problemas renais na família de Dan, ele que não deu sorte mesmo”, brincou Kelly. “Ele estava sempre cansado e tinha sintomas de gripe e dores de cabeça, o que não é muito comum para um motorista de táxi.”
O pai passou os últimos doze anos tomando medicamentos e sendo monitorado por uma equipe médica. Em setembro de 2017, ele foi internado pois a função renal havia caído para apenas 8% e entraria na diálise até conseguir um doador de rim. Porém nessa época, o casamento dos dois já estava desmoronado. “Não estávamos mais envolvidos, não conseguíamos nos conectar, apesar de termos tentado seguidas vezes”, disse Kelly. “Então nos afastamos. Meses depois, assinamos o divórcio, mas mantemos uma amizade saudável em prol das crianças nos anos que se seguiram.”
Foi então que Kelly decidiu fazer o teste de compatibilidade. “Ele não me pediu nada. Eu apenas avisei que iria tentar [fazer o teste de compatibilidade]”, contou. Os testes iniciais mostraram que Kelly e Dan tinham a combinação necessária para a doação, porém o sangue deles não era compatível. “Nós tínhamos a opção de entrar em um grupo de doadores, onde eu doaria para alguém, então esse alguém doaria para Dan em troca. Infelizmente, isso aconteceu duas ou três vezes por ano, então as chances eram pequenas“, explicou.
Porém, mesmo assim eles decidiram fazer a operação e foi um sucesso! “Conversamos com as meninas, e decidimos ser francos com elas”, disse Dan. “Foi um papo muito emocionante… estávamos confiantes de que daria certo”, contou. Depois de cinco dias, Dan recebeu alta do hospital. “Você se sente um novo homem – a mudança, após o transplante, é imediata”.
Após a cirurgia, os dois afirmaram que agora são melhores amigos. “Viramos melhores amigos, tal qual éramos na época da escola, antes de começarmos a namorar”, disse Dan. “Podemos não ser casados agora, mas ainda somos uma família – uma família diferente, mas muito feliz e unida.”
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