Cada dia que passa, sequelas de ter tido Covid vão sendo descobertas. Desta vez, um estudo foi feito na revista Cortex apontou que ter Covid longa pode fazer com que a pessoa desenvolva prosopagnosia, isto é, uma cegueira facial que atrapalha a pessoa a identificar rostos, principalmente daquelas pessoas mais próximas.
Para o aprofundamento na análise de dados, os especialistas da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, usaram como base para o estudo, a história de Annie. Só o que se sabe dela, é que é uma mulher de 28 anos, voluntária para o estudo e Nenhuma outra informação foi divulgada.

Ela teve covid-19 em março de 2020 e mesmo quando já tinha sido curada do vírus, começou a perceber uma certa dificuldade de reconhecer o rosto do pai dela, dizendo que não parecia o homem, e sim, um estranho. Após o relato, ela foi chamada para a realização de vários testes, até mesmo um sobre reconhecimento de rostos famosos.
Segundo a pesquisa, Annie percebeu essa dificuldade de identificar o pai em junho de 2020. Acontece que durante um jantar em família, ela não sabia diferenciar quem era o tio e quem era o pai dela. Fora o reconhecimento facial, ela teve dificuldades em fazer atividades do cotidiano, como encontrar o carro no estacionamento.
Um dos pesquisadores e líder deste estudo, Brad Duchaine, disse que a mulher nunca tinha tido dificuldades e não apresentava nenhuma deficiência cognitiva antes do coronavírus.

Para identificar se Annie tinha prosopagnosia, os especialistas fizeram vários testes nela. Lembrando que o lobo temporal é a segunda maior área do cérebro e é ela que faz a identificação de objetos, memórias, recordações e compreensão da linguagem.
O primeiro teste, ela precisava saber quem eram os famosos. De 60, ela sabia quem era 48, porém, quando foram mostrados depois e individualmente, ela só reconheceu 28% das imagens. Já, em outro teste, eles mostravam uma foto de um famosos que ela falava que conhecia, e depois, mostravam o dublê dessa pessoa. Ela só acertou 67%, quando a maioria das pessoas acertam 87%.
Depois de analisar o caso de Annie, os pesquisadores viram outros mais para concluir a pesquisa. Foi feita uma análise de outras 54 pessoas, que tiveram sintomas iguais da mulher ou realmente falaram que as habilidades cognitivas diminuíram após o diagnóstico de coronavírus. Por fim, o chefe da pesquisa disse que um dos maiores desafios para os prosopagnósticos, é o reconhecimento da família e dos amigos.
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