Família

Mulher que teve relação sexual com morador de rua conta que sofreu ataques na rua com a filha

Reprodução/Record TV

Publicado em 01/05/2022, às 16h01 - Atualizado às 16h30 por Jennifer Detlinger


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Sandra Mara Fernandes, de 34 anos, que virou notícia por tido relação sexual com um homem em situação de rua, Givaldo Alves de Souza, de 31 anos, dentro de um carro, no mês de março, contou em entrevista à Folha que vem sofrendo ataques nas redes sociais e xingamentos.

“Ele me expôs como mulher, como ser humano, ele me atacou de todas as maneiras possíveis, então, ele acabou ali com a minha moral. Criaram perfis falsos em meu nome usando as minhas fotos. A população acreditou que tudo aquilo que ele falou era verdade”, disse Sandra à Folha.

A exposição foi tão grande que Sandra precisou vender sua loja e mudar de cidade. “Vivemos numa sociedade machista e por isso tenho sofrido ataques. O que mais me dói nesses ataques é quando eu sou atacada por outras mulheres. Porque vir de outra mulher é muito sofrido”, diz.

Atualmente em tratamento psiquiátrico, Sandra conta que evita sair à rua. Segundo ela, em uma das ocasiões, estava com a filha, Anna Laura, e o marido, o personal trainer Eduardo Alves, em uma praça e ouviu um grupo de jovens gritar o nome de Givaldo em sua direção.

Sandra Mara Fernandes contou que vem sofrendo ataques nas redes sociais e xingamentos (Foto: Reprodução/Record TV)

Ainda em entrevista à Folha, Sandra contou que o episódio em que teve relações sexuais com Givaldo foi diagnosticado como um surto psicótico, fruto de um transtorno bipolar ainda por ela desconhecido. Ela diz ter visto em Givaldo a representação de Deus e também de seu marido. Na cabeça de Sandra, o ato teria um propósito: ela imaginava que ao ter relações sexuais com quem enxergava ser a figura de Deus e do marido, poderia concretizar o sonho da família de ter uma vida melhor e isso a levaria a ganhar na Mega-Sena.

Após o ocorrido, Sandra foi levada ao hospital sem entender o que aconteceu. Depois de medicada, foi para casa, onde teve mais dois surtos: em um deles, ela achava que seu pai, a madrasta e o sobrinho eram Satanás. Foi quando ela precisou ser levada amarrada para um hospital, onde foi internada para tratamento psiquiátrico.

“Comecei a ter crises de ansiedade e tiveram que reforçar um medicamento. Comecei a dormir mais do que ficar acordada. Como mulher, comecei a sentir nojo de mim. Tive uma crise em que me perfurei 28 vezes com uma caneta, por não aceitar aquilo. Eu não queria aceitar que aquilo tinha acontecido realmente”, afirma. Após um mês, Sandra teve alta e diz que até o episódio, não sabia que era bipolar e imaginava que os picos de euforia e tristeza aconteciam por causa da depressão, diagnosticada após a morte da mãe.

Para ler mais detalhes sobre o caso de Sandra e a entrevista completa, clique AQUI.

Desabafo nas redes sociais

Sandra também fez um desabafo em seu perfil no Instagram. Em texto publicado no dia 27 de abril, ela narrou o sofrimento que vem sentindo e também agradeceu às pessoas que a defenderam:

Olá, me chamo Sandra Mara Fernandes, sou a mãe da Anna Laura e a esposa do Eduardo Alves. Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições. Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.

Fui vítima de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promiscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior. Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!

Sandra também fez um desabafo em seu perfil no Instagram (Foto: Reprodução/Instagram)

Então, na condição onde estive eu sei que tinha legitimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por aquilo. Agradeço também ao meu pai, minha madrasta , meus irmãos e amigos , que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura. Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida.

Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS, pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer, e, principalmente, ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO . Sigo BATALHANDO, um dia de cada vez para retomar a minha existência e vou conseguir porque DEUS é maior e infinitamente bom!

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