Pai de criança encontrada morta diz que menino implorou para morar com ele ao invés da mãe

No dia 5 de junho, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma criança que estava desaparecida fazia dois dias foi encontrada morta em uma piscina no salão de festas onde teve uma confraternização da família. 

Família

Mãe encontra bebê de 1 ano afogada na piscina de casa e vítima é levada de avião para hospital

Família

Menina de 3 anos morre afogada em piscina após ficar sem a supervisão do pai

O menino de 4 anos, Kaike Gabriel Lima da Silva, foi para o local acompanhado da mãe, que segundo testemunhas ingeriu bebidas alcoólicas a noite toda, e por volta das 22h saiu da festa para ir brincar com outras crianças. 

Depois disso, a mãe do garoto só percebeu sua ausência na tarde do dia seguinte, quando pediu para que a filha mais velha fosse buscar ele na casa da prima, onde a mulher achou que o pequeno tinha passado a noite, já que ele já tinha o costume de dormir por lá. Logo após, quando foi notado o desaparecimento, o pai, Marco Aurélio de Paula Lima, foi avisado e rapidamente fez um boletim de ocorrência de desaparecimento. 

 “A mãe dele me contou que achou que o Kaique estava na casa da minha sobrinha porque ele tinha o costume de ir para lá. Na segunda-feira, por volta das 14h, ela pediu para a irmã mais velha dele ir buscá-lo, mas ele não estava na residência. Eu fiquei sabendo do caso e corri para os hospitais atrás dele, só que não achamos. Nisso, eu fui na delegacia e registrei um boletim de ocorrência na 36ª DP (Santa Cruz). Como eu sou muito conhecido na região, o pessoal fez uma força-tarefa. A galera chegou até a pular o muro do salão de festas na terça-feira e ninguém viu o corpo do Kaique. Ele não estava lá e depois apareceu na madrugada na piscina”, declarou Marco.

"Minha família está arrasada e destruída. Eu sempre fui considerado um dos mais queridos dentro de casa, então o Kaique era o nosso príncipe. Meu filho era uma criança que amava brincar, andar de bicicleta e ser amigo de todo mundo. Ele não merecia nada disso que aconteceu com ele e eu vou lutar para conseguir todas as respostas. Eu quero justiça, o que eu mais desejo é entender o que aconteceu com o meu filho, se foi negligência ou se alguém fez maldade com ele”, completou o pai. 

Marco conta que uma semana antes, ele e Kaike haviam saído e a criança “implorou” para que mudasse se mudar para casa do pai: “Eu peguei o Kaique para sair e ele chorou pedindo para morar comigo. Ele implorou para viver na minha casa, mas não tinha como porque a minha mulher trabalha em dois lugares e eu também passo o dia inteiro fora, não conseguiríamos cuidar dele. Meu coração dói toda vez que lembro disso.”

O delegado do caso, Edezio Ramos, enfatizou que já estão sendo feitas investigações e  os familiares de Kaike estão prestando depoimentos. 

 “Nós estamos tentando montar o cenário, o corpo está no IML e queremos entender se ele foi afogado ou não. Não estamos descartando nada, vamos tentar todas as linhas possíveis” , afirmou o delegado.

O paradeiro da mãe da criança segue até o momento não identificado.