Publicado em 04/03/2021, às 10h19 - Atualizado em 10/03/2021, às 07h30 por Cinthia Jardim
Visitar o ginecologista para fazer exames preventivos é superimportante, principalmente para as mulheres que já iniciaram a vida sexual. Além de ser essencial para quem está tentando engravidar, apesar de não indicar se a paciente é ou não infértil, o papanicolau faz parte do checkup e indica se há alguma dificuldade para quem quer aumentar a família.
O exame é simples, indolor e pode ser feito no próprio consultório do ginecologista! Infelizmente, no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em 2018, cerca de 20% das mulheres disseram que não costumam realizar exames preventivos por não acharem necessários e, uma a cada dez mulheres, não conhece o câncer de colo de útero.
O papanicolau tem o objetivo de detectar se existe algum tipo de alteração ou doenças como inflamações, HPV, câncer, ou ainda algum problema no colo do útero. Apesar da mulher não sentir dor durante o exame, pode ser que haja a sensação de uma pressão ou pequeno desconforto no interior da vagina. Isso acontece porque o médico faz uma raspagem das células encontradas no útero, colhendo uma amostra para análise.
Além disso, o papanicolau também pode identificar doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, sífilis, HPV ou clamídia, câncer de colo de útero, infecções vaginais como tricomoníase, vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis, ou candidíase. Apesar do exame ser realizado geralmente em mulheres que já tiveram início da vida sexual, aos 21 anos é possível fazer o papanicolau também em mulheres virgens. Vale lembrar que neste caso, a investigação deve ser realizada a partir de orientação médica.
De acordo com o ginecologista e obstetra, Dr. Igor Padovesi, embaixador e colunista da Pais&Filhos, pai de Beatriz e Guilherme, “a partir do papanicolau, é possível intervir antes de deixar o câncer de colo do útero acontecer”. Mas, vale lembrar que “a doença tipicamente costuma acontecer com a população que tem baixo acesso à saúde, porque fazendo os exames periódicos, é difícil a mulher ter o diagnóstico”.
Para realizar o papanicolau, é importante que a mulher faça um preparo simples. O primeiro passo é realizar o exame fora do período menstrual, não fazer duchas vaginais, não ter relações sexuais 48 horas antes do exame e evitar cremes intravaginais também nas 48 horas que precedem o papanicolau.
Durante a realização do exame, a mulher fica em posição ginecológica e o médico introduz um dispositivo no canal vaginal para olhar o colo uterino. Depois, com o auxílio de uma espátula ou escovinha, são recolhidas amostras das células que, porteriormente, são enviadas para análise em laboratório. A partir de duas lâminas, o material também é enviado a um laboratório de microbiologia, que identifica a presença de microorganismos.
O exame é recomendado para mulheres que já iniciaram a vida sexual e vai até os 65 anos. Mas, no entanto, geralmente é priorizado a faixa etária dos 25 aos 65 anos. O papanicolau deve ser realizado todos os anos, por ser um exame preventivo, que pode auxiliar na descoberta precoce de problemas de saúde, iniciando logo em seguida o tratamento adequado. Se for detectado lesões indicativas de câncer de colo de útero, a paciente deve, a partir das recomendações do médico, fazer o exame a cada seis meses para o acompanhamento.
Geralmente, o exame pode ser feito até o quarto mês da gravidez, sendo feito em média na primeira consulta pré-natal. Vale lembrar que o papanicolau não causa riscos ao bebê, pois não chega até o interior do útero, nem ao embrião.
Para identificar e entender quais são os resultados, apesar de serem sempre vistos em conjunto com o médico, é possível ter uma noção básica das células observadas. A amostra é dividida por classes, que indicam:
Amostra insatisfatória: o exame é inconclusivo, ou seja, a amostra colhida não foi adequada para a realização da análise.
Classe I: colo de útero normal e saudável, não sendo encontrado nenhuma alteração nos resultados do exame;
Classe II: é possível notar a presença de algumas alterações, apesar de benignas. Pode ser causada por algum tipo de inflamação vaginal;
Classe III: apresenta alterações nas células do colo do útero. Pode ser que o especialista indique a realização de mais exames para analisar a causa do problema em si;
Classe IV: os resultados indicam uma possibilidade de início de câncer e colo de útero. A análise deve ser checada por um médico;
Classe V: pode apresentar câncer de colo de útero.
De acordo com a Dra. Fernanda Pepicelli Ginecologista e Obstetra pela Febrasgo, mãe de Rafael, “no papanicolau a mulher não pode estar menstruada”. A recomendação é feita porque o sangue pode mascarar os resultados do exame e fazer com que ele seja inconclusivo, por exemplo. Caso a mulher esteja menstruada, é importante reagendar para fazer posteriormente.
Ter relações sexuais até 48 horas antes de realizar o papanicolau não é recomendado por conta dos fluídos do parceiro, ou ainda produtos como lubrificantes, que podem interferir no resultado final do exame. Dessa maneira, eles podem se acumular no colo do útero e continuarem lá até o momento do papanicolau. Por isso, “o ideal é que para o papanicolaou a mulher fique três dias sem relações sexuais”, reforça Fernanda.
Apesar do exame ser realizado de forma gratuita pelo Sistema único de Saúde (SUS), o papanicolau pode custar em média R$ 36,00 nas clínicas populares, ou a partir de R$ 100,00 em laboratórios. Vale lembrar ainda que os convênios cobrem o procedimento.
Ambos os exames são completamente diferentes, seja nos resultados e também na maneira de serem realizados. Mas, o que o papanicolau e o ultrassom transvaginal tem em comum, é a importância para a saúde da mulher, e não se deve abrir mão de nenhum deles. No caso do papanicolau, o exame é feito como forma de prevenir o câncer de colo de útero e outras doenças femininas, identificar o vírus HPV, verificar a presença de lesões e também células escamosas incomuns e analisar como está a parede do colo do útero. Vale lembrar ainda que o papanicolau é focado em analisar as células.
Já no ultrassom transvaginal, o exame de imagem avalia o endométrio, útero, bexiga, trompas de falópio, ovários e canal vaginal. A partir dele, pode-se analisar cistos nos ovários, miomas, pólipos, infecções, endometriose, sangramento e tumores. Tanto o transvaginal como o papanicolau são seguros e indolores para a mulher.
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