Publicado em 20/08/2024, às 11h26 por Vitória Souza
Os casos de mpox continuam a aumentar no estado de São Paulo. Segundo o mais recente boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES), foram confirmados 315 casos da doença desde o início de 2024. Este número representa um aumento de 257% em comparação ao mesmo período de 2023. A nível nacional, o Ministério da Saúde reportou um total de 709 casos de mpox até o momento em 2024.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A decisão foi tomada devido ao aumento significativo dos casos na República Democrática do Congo e à possibilidade de disseminação global.
Em resposta à declaração da OMS, o Brasil criou o Centro de Operações de Emergências - COE Mpox. Em comunicado oficial, o Ministério da Saúde informou que este centro permitirá uma análise detalhada dos dados e informações para coordenar as ações de resposta à situação epidemiológica da mpox em todo o território nacional.
Mpox é uma infecção viral que pode afetar tanto humanos quanto animais, anteriormente conhecida como varíola do macaco. Ela é causada por um vírus pertencente à família dos ortopoxvírus e se transmite através do contato próximo com lesões de pessoas infectadas, superfícies contaminadas, fluidos corporais ou gotículas respiratórias.
O período de incubação do vírus varia entre 6 a 13 dias, podendo se estender até 21 dias. Os primeiros sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, inchaço dos linfonodos, calafrios e exaustão.
Entre 1 a 3 dias após o surgimento da febre, aparecem erupções cutâneas que geralmente começam no rosto e se espalham para outras partes do corpo. As erupções evoluem de manchas para pústulas e eventualmente formam crostas que caem. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Embora os sintomas sejam semelhantes aos da varíola, a mpox tende a ser menos grave. No entanto, ainda pode causar complicações significativas, especialmente em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.
No caso da Mpox, a melhor forma de se proteger contra a doença é se previnir, evitando o contato com pessoas que estejam infactadas ou que estejam com suspeita da doença. Porém, em caso de necessidade de contato, é recomendado que utilizem luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Além disso, é importante lavar as mãos sempre com água e sabão ou fazer o uso do álcool em gel, principalmente se tiver contato com a pessoa infectada, as roupas que ela estiver vestindo, lençóis, toalhas ou outros objetos que tenham entrado em contato com as lesões da pele ou secreções respiratórias.
A limpeza dos itens pessoais do paciente deve ser feita com água morna e detergente, e após a higienização é importante desinfetar todas as superfícies contaminadas e descartar curativos de maneira adequada.
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