A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta quarta-feira, 14 de agosto, que a doença mpox foi classificada como uma emergência de saúde pública global. Com essa ‘explosão’ de casos, é natural que comecem a surgir várias dúvidas e preocupações sobre o assunto. Afinal, a mpox já não estava erradicada?
A resposta é sim! Isso mesmo, se você ouviu por aí que a mpox já estava erradicada, você não foi alvo de uma fake news. A mpox, aliás, foi uma das primeiras doenças a ser completamente erradicada, há mais de 40 anos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou seu fim em 1980, após uma bem-sucedida campanha de vacinação global. A doença, no entanto, está voltando a aparecer devido a uma nova variante.
A mpox é uma doença viral que pode se espalhar facilmente entre pessoas e animais através do contato físico próximo — como toque, beijo ou relações sexuais — e também por meio de materiais contaminados como lençóis, roupas e agulhas, segundo a OMS.
Sintomas da Mpox:
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, manifesta-se principalmente através de erupções cutâneas (lesões na pele) e adenomegalia (linfonodos inchados). Outros sintomas incluem:
- Febre
- Dores no corpo
- Dor de cabeça
- Calafrios
- Fraqueza
As lesões cutâneas podem ser planas ou levemente elevadas, contendo líquido claro ou amarelado, e frequentemente formam crostas que secam e caem. Normalmente, essas lesões surgem de um a três dias após o início da febre, mas podem aparecer antes.
O número de lesões pode variar amplamente, indo de algumas unidades até milhares. As erupções são geralmente mais concentradas no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, mas também podem aparecer em outras partes do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.
O período de incubação da mpox — tempo entre a exposição ao vírus e o aparecimento dos primeiros sintomas — varia de três a 16 dias, podendo se estender até 21 dias, conforme informações do Ministério da Saúde. Após as crostas das lesões desaparecerem, o paciente não transmite mais o vírus.
O que fazer em caso de suspeitas?
Em caso de suspeita de contágio por mpox, o Ministério da Saúde recomenda que o paciente busque uma unidade de saúde para avaliação médica e informe sobre qualquer contato próximo com pessoas infectadas ou suspeitas. Se a infecção for confirmada, o paciente deve se isolar para evitar a propagação do vírus.
A decisão da OMS em classificar a mpox como uma emergência de saúde pública global seguiu a formação de um comitê emergencial. Este comitê levou em consideração o aumento dos casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções têm sido registradas nos últimos dois anos.
Uma cepa mais letal do vírus já chegou a quatro províncias anteriormente não afetadas na África. Essa variante havia sido contida previamente na República Democrática do Congo.