Segundo o maior fabricante mundial de vacinas, Serum Institute da Índia, somente em 2024, ou seja, daqui a quatro anos, todos serão vacinados contra o novo coronavírus.
O CEO e diretor-executivo do Instituto, Adar Poonawalla, segundo a CNN, alertou: “Realisticamente, para todo o mundo, para todos neste planeta, ou pelo menos 90%, conseguir, será pelo menos até 2024″.
Poonawalla ainda complementou que existem diversas complicações para a fabricação em massa de vacinas desde o ponto de teste, envolvendo o aumento da produção e o investimento monetário de bilhões de dólares para o pagamento de doses necessárias. Não somente, mas existem países que enfrentam uma maior dificuldade para administrar as vacinas.
Mesmo trabalhando com cinco desenvolvedores de vacina, contra a Covid-19, diferentes, o Serum Institute só consegue alcançar um determinado resultado a curto-prazo, e o fornecimento só consegue ir até o ponto pré-determinado, centenas de milhões de doses.
O diretor-executivo ainda deu um exemplo com o próprio país, a Índia, que tem uma população de 1.4 bilhão de pessoas. “Em julho, agosto do próximo ano, mesmo que produzíssemos 400 milhões de doses, eles ainda terão dificuldade para vacinar todos com essa quantidade de doses”, disse.
Os brasileiros e a vacina
João Dória, governador do estado de São Paulo, no começo de agosto, comentou, em entrevista à Rádio Bandeirantes, a possibilidade de todos os brasileiros estarem vacinados contra a Covid-19 até fevereiro de 2021. Ele ainda adicionou que a vacinação sozinha traria a “normalidade” de volta.
O governador também falou sobre a vacina do Instituto Butantan, que está em desenvolvimento em parceria com um laboratório chinês. “(O Instituto Butantan) Pode ajudar. Já tivemos contato com a AstraZeneca. Se tiver alguma dificuldade da Fiocruz, poderemos ajudar na produção da de Oxford. Também fomos procurados pelo outro laboratório chinês e pelo russo, mas esses estão em fases iniciais. Não podemos ficar em competição para ver quem chega primeiro, temos que ter a vacina”, adicionou.
A CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, está na última fase de testes. Se não houver nenhum efeito colateral grave, a imunização pode ter início em novembro. “O primeiro grupo vacinado é o da saúde. Depois, grupos de risco. O terceiro grupo é o das forças policiais. Logo na sequência, a população como um todo”, concluiu.