A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta terça-feira, 24 de maio, que recomenda a adoção de proteção em aeroportos, para tentar ao máximo, adiar a chegada da varíola do macaco no Brasil. “Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças” iniciou a agência.
A doença é uma infecção viral e na maioria dos casos, apresenta sintomas leves. A transmissão é por meio do contato próximo com uma pessoa infectada, podendo se espalhar. O vírus tem o teor endêmico na África Ocidental e central. No entanto, a maioria dos últimos casos foram relatados na Europa.

Segundo o site G1, o Ministério da Saúde informou que terá uma Sala de Situação para monitorar a varíola dos macacos no Brasil. “A medida inicialmente tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença. Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país” deu em nota. O Ministério ainda disse que foi encaminhado para todos os estados o ‘Comunicado de Risco sobre a patologia’, e também, as orientações para os profissionais de saúde informações disponíveis sobre o vírus até o momento.
Nota da Anvisa completa:
Considerando-se as formas de transmissão da varíola dos macacos, a Anvisa reforça a importância das medidas de proteção à saúde a serem adotadas em aeroportos e aeronaves, previstas na Resolução RDC nº 456/2020.
Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças.
Destaca-se que, nos termos da Lei nº 9.782, de 1999, compete à Anvisa a execução da vigilância epidemiológica em portos, aeroportos e fronteiras, devendo-se pautar por orientação técnica e normativa do Ministério da Saúde.
A Anvisa mantém-se alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional, acompanhando os dados disponíveis e a evolução da doença, a fim de que possa ajustar as medidas sanitárias oportunamente, caso seja necessário à proteção da saúde da população.
Sobre a varíola dos macacos
O vírus da ‘varíola dos macacos’ é semelhante ao vírus da varíola, uma condição erradicada do mundo e que tem vacina. Nos casos que são mais graves, existem tratamentos com antivirais e uso de plasma sanguíneo daqueles imunizados.
A contaminação não é considerada grave, pois a taxa de mortalidade é 1 caso a cada 100 diagnóstico. No entanto, a primeira vez que a varíola de macaco foi registrado em grande escala em vários países fora do continente africano.

A doença é transmitida por via respiratória. Mesmo com vários casos, os especialistas não veem o surto como motivo de preocupação.
Os primeiros sintomas apresentados nos casos são febre, dor no corpo, nas costas, dor de cabeça, exaustão, inchando nos linfonodos, calafrios e bolinhas que aparecem pelo corpo, principalmente na região do rosto, pés e mãos (elas viram crostas e caem).