No domingo, 30 de julho, foi divulgado um vídeo no Twitter onde um pai, o fazendeiro Garon Maia Filho, de 42 anos, bebe cerveja enquanto o seu filho, Francisco Veronezi Maia, de 12 anos de idade, pilota um avião. Além de estar bebendo uma cerveja de garrafa, Garon ainda tinha outra entre as pernas.
A gravação começa com o pai conferindo se “está tudo certo” e não tem “nada na frente”. A seguir, ele orienta o filho: “Seiscentos cavalos, pode empurrar”, e então grita: “‘Seiscentão’, Kikão! Nossa senhora”. O menino tira a mão do manete da aeronave, que serve para controlar o empuxo dos motores, ao que o pai diz: “Não, mão na manete, mão na manete, olha a velocidade… Pode rodar, roda, roda”, e continua com as orientações de pilotagem.
Feliz, ele grita e comemora: “Kikão, é sozinho mesmo, rapaz! Vai lá, Kikão”. Em seguida, ele fica nervoso e fala: “Aqui tem que tampar, porque se não, tem uns p**ra que enchem o saco”. Ele pergunta para o filho se “está tudo certo”, o menino responde afirmativamente e ele incentiva: “‘Bora’ lá”.
Em meio às instruções, ele indaga: “Nós ‘voa’ mesmo, hein, Kikão?”, e o filho responde: “É ‘memo’”. O pai prossegue: “‘Bora’!”, e fala orgulhoso: “Meu piloto, boa!”, e se filma dando um gole na garrafa de cerveja. Em seguida, o homem ainda questiona a criança: “Passageiro pode tomar uma, né, Kiko?”, e o menino responde, novamente: “É ‘memo’!”, ao que o pai entorna a bebida alcoólica, filma a paisagem e finaliza o vídeo dizendo: “Tranquilo, ‘chinelão’!”, se referindo ao menino estar de chinelo.
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Acidente
O pai e o filho estavam no avião bimotor que caiu na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, resultando na morte dos dois. A aeronave, um Beechcraft Bonanza A-36, desapareceu do radar pouco depois de decolar do aeroporto de Vilhena (RO) por volta das 17h50 do sábado, 29 de julho.
As buscas começaram imediatamente, mas os destroços só foram encontrados na manhã do domingo, 30 de julho, em uma área de mata fechada próxima a Vilhena (RO) e Comodoro (MT). O Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciará as investigações para determinar as causas da queda do avião.
Conforme informações preliminares, o avião estava programado para se dirigir à Fazenda Jaqueline, situada no estado de Mato Grosso, a poucos quilômetros de Vilhena. O tempo estimado de voo até o destino era de 15 minutos, entretanto, a aeronave desapareceu dos radares apenas cinco minutos após a decolagem.
O piloto da aeronave, conhecido como Garonzinho, é considerado experiente, e neto do pecuarista Garon Maia, cujo nome original era Braulino Basílio Maia Filho.
