Durante o programa “Alô Você”, exibido pelo SBT e apresentado por Luiz Bacci, a promotora de Justiça Eliana Passarelli fez uma revelação surpreendente: ela lecionou para Suzane von Richthofen no início do curso de Direito. A ex-aluna, hoje com 41 anos, ficou conhecida nacionalmente pelo envolvimento no assassinato de seus pais, Manfred e Marísia.
Com longa trajetória no Ministério Público de São Paulo, Eliana contou que conviveu com Suzane nos primeiros anos da graduação na PUC. O crime que chocou o país aconteceu quando a jovem ainda estava no primeiro ano do curso.
“Ela era afetuosa e parecia comum”, diz a promotora
Em sua participação ao vivo, a promotora relembrou o impacto que a notícia do crime causou entre os colegas de classe da estudante. “Os estudantes da turma dela foram ao velório, tentaram oferecer apoio emocional e até visitaram sua casa para confortá-la. Muitos ficaram sensibilizados com a situação. Todos achavam que estavam amparando alguém devastado pela dor”, relembrou Eliana.

Segundo ela, a imagem de Suzane sendo abraçada pelos colegas durante o funeral dos pais ainda é vívida em sua memória. “Aquela cena no caixão, com todos ao redor, foi algo que nos marcou muito”, afirmou.
Comportamento na sala de aula chamava atenção
Sobre o dia a dia acadêmico, Eliana relatou que Suzane demonstrava comportamento típico de qualquer aluna universitária. “Ela apresentava um desempenho coerente com as médias, era participativa e tinha atitudes que aparentavam naturalidade”, contou.
No entanto, a professora mencionou um episódio que considera revelador. “Ela tinha uma relação peculiar com um professor querido, de aparência rosada, semelhante à do Papai Noel. Suzane brincava com ele dizendo: ‘Você vai ser meu Papai Noel neste Natal’”, detalhou. Segundo ela, o gesto parecia mais calculado do que inocente: “Não era infantilidade, mas sim uma maneira estratégica de se aproximar das pessoas.”
Mudança de regime e nova fase
Condenada em 2002 a mais de 39 anos de reclusão, Suzane passou do regime fechado ao semiaberto em 2015, após cumprir parte da pena. Desde então, sua história segue sendo pauta constante na mídia e nas redes sociais, despertando curiosidade e debates.
A promotora finalizou sua fala destacando o quanto foi inesperado para todos perceber que aquela jovem vista como carinhosa e integrada à turma poderia estar envolvida em um crime tão brutal. “Foi um baque para quem conviveu de perto. Ninguém imaginava”, completou.