A batalha judicial entre o cantor Murilo Huff e Dona Ruth, mãe de Marília Mendonça, continua movimentando os tribunais. A questão principal gira em torno da guarda do pequeno Léo, filho da artista, e ganhou um novo capítulo com revelações envolvendo a administração do patrimônio deixado pela cantora.
Após uma decisão judicial temporária garantir a guarda unilateral da criança a Huff, novas informações começaram a circular nos bastidores, ampliando o debate sobre quem realmente administra os direitos e bens deixados por Marília.
O envolvimento de Dona Ruth e seu marido
De acordo com o jornalista Gabriel Perline, durante participação no programa A Tarde é Sua, transmitido nesta segunda-feira (7/7), a administração da herança de Marília Mendonça tem mais complexidade do que se imaginava. Um ponto que chamou atenção foi o papel de Deyvid Fabrício, esposo de Dona Ruth, na estrutura empresarial criada após a morte da cantora.

Ele figura como um dos responsáveis legais pela empresa Marília Mendonça Produções, ao lado da própria Dona Ruth e do advogado da família. A presença do atual marido da mãe da cantora nesse cargo estratégico tem despertado questionamentos, especialmente por parte da defesa de Murilo Huff.
Como era a estrutura anterior
Antes do falecimento precoce da cantora, Marília possuía uma participação ativa na empresa Sentimento Louco, que concentrava os direitos de suas composições e gravações. Essa sociedade contava com a presença da WorkShow e da dupla sertaneja Henrique & Juliano, que também integravam o quadro de sócios.
Com a tragédia, Henrique & Juliano decidiram ceder gratuitamente sua parte para Dona Ruth, em um gesto de solidariedade. Segundo Perline, a divisão atual dessa empresa está da seguinte forma: WorkShow com metade dos direitos, Léo com 30% e Dona Ruth com 20%.
Criação de uma nova empresa para gerir o legado
Após a perda da filha, Dona Ruth decidiu fundar uma nova empresa: a Marília Mendonça Produções. O propósito principal seria administrar os royalties e demais receitas originadas das obras da cantora.
Nesse novo modelo empresarial, a maior parte da participação, 60%, foi atribuída a Léo, enquanto os 40% restantes ficaram com a avó materna. Apesar de parecer uma estrutura pensada para proteger os direitos do neto, a escolha dos administradores trouxe desconforto ao lado paterno da família.
Polêmica envolvendo possível venda milionária
Um dos pontos que teria intensificado os atritos foi a informação de que todos os direitos autorais de Marília estariam sendo negociados com uma grande gravadora, por uma quantia estimada em R$ 300 milhões. Caso a venda fosse concluída sob a gestão da Marília Mendonça Produções, Léo receberia 60% desse montante, com os outros 40% indo para Dona Ruth.
No entanto, essa operação acabou sendo suspensa, o que também elevou a tensão em torno da disputa judicial e do papel de cada pessoa envolvida na administração dos bens da cantora.