Murilo Huff trouxe uma tecnologia dos Estados Unidos especialmente para o filho Leo, de 5 anos, diagnosticado com diabetes tipo 1. O menino é fruto do relacionamento do cantor com Marília Mendonça, e passou a conviver com a doença cerca de três meses após a perda da mãe, em novembro de 2021.

O equipamento foi uma recomendação da endocrinologista que acompanha o tratamento de Leo. Trata-se de um sensor que é inserido na pele e realiza o monitoramento contínuo dos níveis de glicose. A escolha do modelo importado foi uma alternativa encontrada pela família para garantir mais precisão e conforto para o menino.
Sensor importado e rotina de testes
Mesmo com a vinda do aparelho de fora, o Brasil já conta com sensores semelhantes, embora o acesso ainda seja um desafio para muitas famílias. Os preços variam entre R$ 250 e R$ 330, com duração média de 14 a 15 dias, o que significa a necessidade de pelo menos dois sensores por mês.
Mesmo com a tecnologia, a família de Leo continua usando o famoso “dedinho”, a medição manual da glicose com o glicômetro, que faz parte da rotina diária.
“Desde então, é de dia e de noite que a gente monitora a glicemia dele”, contou Ruth Moreira, avó materna de Leo.

“O emocional foi um gatilho”
A avó acredita que o diagnóstico da doença pode ter sido agravado pelo momento emocional delicado vivido por Leo na época.
“O emocional foi um gatilho para a diabetes se desenvolver”, disse Ruth.
Embora o termo “diabetes emocional” não exista oficialmente na medicina, momentos de estresse intenso podem, sim, contribuir para o aparecimento ou agravamento da doença.
Ela também explicou que o menino chegou a usar uma bomba de insulina, como uma espécie de “pâncreas artificial”. No entanto, o dispositivo acabou sendo descartado por não se adaptar bem ao corpo da criança, causando episódios de hipoglicemia durante o dia.
Cuidados que fazem parte da rotina
Hoje, Leo já se adaptou à nova rotina, mesmo com todos os desafios. Em casa, o monitoramento da glicemia foi apelidado carinhosamente de “hora de fazer o dedinho”, e o menino participa de forma ativa no processo.
“Depende muito do estado de humor dele, se ele está bem, o estado emocional. Quando ele está brincando muito, ele fica muito empolgado e a gente tem que ficar de olho que desce de uma vez [a glicemia]”, relatou a avó.
Ruth ainda fez um alerta importante para outras famílias: mesmo com uma alimentação equilibrada e sem exagero de doces, o diagnóstico de diabetes tipo 1 pode acontecer.
“Por isso que precisa ter mais informações a respeito, porque tem muita mãe que não sabe e não vai entender”, ressaltou.
Duas casas, o mesmo cuidado
A guarda de Leo é compartilhada. O menino vive entre a casa do pai e da avó, em Goiânia, e recebe todo o suporte necessário em ambas as residências. Apesar da doença exigir atenção constante, o amor e o envolvimento familiar fazem toda a diferença no tratamento e no bem-estar emocional.