Não confunda: parto humanizado não é sinônimo de parto normal. Defender o parto humanizado é lutar pelo direito da mulher de ter o poder de decisão e participar do processo de escolhas durante a espera e chegada do seu bebê. “Os direitos do parto humanizado são baseados em evidências científicas com foco nos direitos humanos”, explica Cristina Albuquerque, chefe da Área de Saúde e Desenvolvimento Infantil do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
A nova Campanha do UNICEF “Quem espera, espera”, pretende discutir sobre o parto normal e cesárea, trazendo informações para as mulheres sobre os benefícios e riscos de cada um. “Descobrimos que o assunto é muito polarizado, de um lado estão os defensores da cesariana do outro parto normal”, afirma Sophie Schonburg, vice presidente de criação da Mcgarrybowen. “Nossa pesquisa apontou que no começo as mães pretendem caminhar para o parto normal, mas ao longo da gestação, quando já cansadas e nervosas, elas mudam de ideia”, comenta Sophie. Assista ao vídeo da campanha:
Os números falam por si. No Brasil a cada 100 partos 57% são cesariana, segundo dados do UNICEF. A recomendação oficial da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de que as cesáreas sejam de apenas 15% dos partos. “No início da gestação 72% das mulheres desejam ter um parto normal, mas no final, na rede pública apenas 57% conseguem, já na rede privada só 21%”, aponta Cristina. Segundo a especialista mulheres que não tem risco algum durante a gravidez deveriam estar no topo de estatística para parto normal, mas entre elas 73,3% são cesárias.
A Pais&Filhos acredita que você deve ter sempre o direito de escolha durante a gestação e na hora do parto. Além de fácil acesso a tudo que for necessário para que o seu filho venha para o mundo forte e saudável.
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